Com a explosão das pautas raciais na Internet e nas mídias tradicionais, incendiadas após o assassinato do ex-segurança norte-americano George Floyd, cresceu o interesse e a urgência do debate sobre como tornar-se antirracista para além das hashtags.
Neste sentido, várias iniciativas autônomas e coletivas nasceram para dar conta do recado e difundir a agenda e as causas da população afro-brasileira. O Ceará Criolo reúne aqui três cursos 100% nordestinos que pautam raça e processos de racialização. Vamos lá?
Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica (3ª turma!)
O curso, nas palavras das(os) idealizadoras(es), tem o objetivo de fornecer, de maneira introdutória, um instrumental teórico-metodológico para a análise de discursos midiáticos a partir de uma perspectiva antirracista.
Tomando como ponto de partida uma discussão sobre noções gerais de semiótica, estudos da imagem e análise do discurso, pretende-se fomentar um olhar crítico sobre a dimensão racializada dos produtos midiáticos.
Memórias da Plantação: Grada Kilomba
O curso on-line é inspirado no livro de Grada Kilomba, Memórias da Plantação – episódios de racismo cotidiano (2008), o qual apresenta e analisa episódios de racismo cotidiano experienciado por mulheres negras. Busca discutir as noções de branquitude, gênero e as contribuições dos feminismos negros no pensamento da escritora.
Relações Raciais e Branquitude no Brasil (3ª turma!)
O curso objetiva ajudar a(o) aluna(o) a compreender, a partir de uma perspectiva negra, as relações raciais no contexto brasileiro, o modo como o racismo estrutura nossa sociedade e os efeitos do racismo nas vidas das pessoas negras; a caracterizar, desnaturalizar e problematizar a branquitude no Brasil; e por fim, a identificar as possibilidades e impossibilidades de brancas e brancos na luta antirracista.

Publicitária cearense. Canceriana. Doutora e mestre em Psicologia. Amante da docência. Integrante do Grupo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Psicologia Social Crítica (Paralaxe-UFC). Defendeu em sua tese de doutorado um estudo sobre mulheres em transição capilar. Atualmente, dedicada aos estudos de gênero, raça, feminismos negros e decolonialidade.
Louca por fotografia, design, viajar e colecionar carimbos no passaporte. Uma pessoa extremamente curiosa.