A missão do projeto Mulheres de Luta é criar e promover conteúdos de interesse geral, não restritos às pautas feministas, onde mulheres especialistas em suas áreas são fonte de informação, opinião e inspiração. Nesta terça-feira (27/10), o projeto recebeu a escritora Lu Ain-Zaila para uma entrevista ao vivo sobre Afrofuturismo na Literatura. A transmissão foi realizada pelo site www.mulheresdeluta.com.br e está disponível no canal do Mulheres de Luta no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=TlqNRORSz2c).
Especialmente durante o período em que foi bolsista do Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-americanos (Proafro) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Lu Ain-Zaila passou a se aprofundar na leitura de escritores negros e escritoras negras como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Abdias Nascimento, Milton Santos, Alberto Guerreiro Ramos, Lélia Gonzalez entre outras e outros. Ao se aprofundar nesses estudos, ficou ainda mais evidente para Lu que o ensino formal não trazia todas essas referências e que isso precisava mudar.
Sua primeira obra, “Duologia Brasil 2408”, com os livros (In)Verdades (2016) e (R)Evolução (2017), traz como gênero a ficção científica distópica com uma protagonista negra chamada Ena. (In)Verdades é a primeira obra especulativa nacional protagonizada por uma mulher negra. Nela, Ena parte em uma luta contra a corrupção de seu país. Em (R)Evolução, temos a sequência de (In)Verdades.
Em 2018, Lu Ain-Zaila lança seu segundo livro com uma coleção de contos afrofuturistas chamado “Sankofia: breves histórias afrofuturistas”. Os contos têm protagonistas negras vivenciando histórias que trazem a ancestralidade e a cultura negra. A produção mistura consciência, esperança, contestação e uma perspectiva anti racista.
Confira a entrevista:
Jornalista. Alma de cronista, coração de poeta. Tem experiência em Assessoria de Comunicação. Apaixonado por futebol, boas histórias e fim de tarde.