Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, fez neste domingo (19/11) pronunciamento em rede nacional de televisão durante horário nobre para enaltecer a passagem do Dia de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em todo o Brasil nesta segunda-feira (20/11). Foi a primeira vez na história do país que isso aconteceu.
Ela apresentou um balanço das ações já implementadas pelo atual Governo Federal em prol da equidade racial, tais como: reserva de 30% das vagas na Administração Pública para pessoas negras, atualização da Lei de Cotas para inclusão de quilombolas nas universidades públicas, criação de bolsas de estudo na pós-graduação para carreiras da diplomacia e da advocacia e programa de intercâmbio com universidades da América Latina e África.
“O Brasil é um país diverso e nos orgulhamos das nossas diferenças. Mas essas diferenças não podem significar desigualdade de oportunidades e de direitos. Os dados comprovam que a fome, a insegurança alimentar, o desemprego e as mortes violentas atingem de forma desigual a população negra, como resultante do racismo que persiste em nossa sociedade”, disse a ministra.
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A ministra enalteceu ainda a retomada das demarcações de terras de Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQ’s), política praticamente abandonada pela gestão anterior, e citou a equiparação do crime de injúria racial a racismo.
“Continuaremos a trabalhar por memória e reparação, por uma vida digna para o povo brasileiro e pelo desenvolvimento do nosso país. Seguiremos juntos e juntas construindo um Brasil pela igualdade racial. Um Brasil mais justo e mais feliz”, finalizou Anielle Franco.
GRUPO DE TRABALHO
Nesta segunda-feira, o Governo Federal vai instituir um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) responsável por criar políticas de comunicação social antirracista em órgãos e entidades públicas federais. O GTI terá 90 dias para elaborar o “Plano de Comunicação Antirracista da Administração Pública.”
Com reuniões quinzenais, o GTI será composto por cinco representantes do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e cinco representantes da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República que convidarão especialistas e representantes da sociedade civil para participar de reuniões ou emitir parecer.
Anielle Franco e Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, deverão designar nomes que garantam a participação de mulheres e pessoas negras no desenvolvimento das atividades.
O grupo se dedicará a elaborar o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, além de propor estratégias de fortalecimento de mídias negras, de promoção da diversidade racial em publicidades e patrocínios do Estado, de diálogo com a sociedade e veículos de comunicação, de apoio técnico a novas diretrizes e políticas voltadas ao tema, de formação para porta-vozes, servidores e prestadores de serviço.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Igualdade Racial.
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