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Home»Ancestralidade»Beatriz Nascimento e o Atlântico em nós
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Ancestralidade

Beatriz Nascimento e o Atlântico em nós

Rayana VasconcelosBy Rayana Vasconcelos9 de Fevereiro, 2019Updated:16 de Fevereiro, 2019Sem comentários5 Mins Read
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Maria Beatriz do Nascimento nasceu em Aracaju, Sergipe, em 12 de julho de 1942, filha de uma dona de casa e de um pedreiro, a oitava de dez irmãos. Em 1949, se mudou com sua família para Cordovil, Rio de Janeiro, onde cursou História na UFRJ e ingressou na rede estadual de ensino.

Nesse período, Beatriz Nascimento participa de um grupo de ativistas negras(os) que acabam por formar vários núcleos de estudos no estado, dentre eles o Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Movimento Negro Unificado (MNU), e compõe o Conselho Editorial do Boletim do Centenário da Abolição e República, no qual era responsável pelas entrevistas. Em 1978, inicia sua pós-graduação, também em História, na UFF, estudando sistemas alternativos organizados exclusivamente por negros, pesquisando de quilombos às favelas modernas. Há registros seus em entrevistas a jornais de circulação nacional (Suplemento Folhetim da Folha de São Paulo, revista Isto é, jornal Maioria Falante, Última Hora, revista Manchete) e artigos publicados em periódicos relevantes como a Revista Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico.

Dentro da sua trajetória de pesquisa acadêmica, Beatriz fez duas viagens à África com a intenção de conhecer parte do continente africano, uma para Angola, para conhecer territórios de antigos quilombos africanos e outra para o Senegal.

Seu trabalho mais conhecido e de maior circulação é a autoria e narração dos textos do filme Ori (1989), dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como ideia central. Dentre seus fios condutores, a história pessoal de Beatriz Nascimento e temas como a corporeidade do negro, a perda da imagem que atingia africanas e africanos escravizados e seus descendentes em diáspora e a situação das mulheres negras no Brasil, analisando sua condição social inferior a partir da herança racista do sistema escravocrata. Nesse trabalho, ela mostra outra vertente de suas preocupações, pois escrevia (e falava) com declarada intenção estética.

Vale observar que a própria decisão da historiadora em seguir a carreira intelectual, sendo uma mulher negra, além do seu envolvimento de ativismo político com o tema que estudava (a questão etnicorracial do ponto de vista das relações “atlânticas” entre Brasil e África), nos revela a importância de Beatriz Nascimento para fortalecer e dar visibilidade às pautas do movimento negro, especialmente às mulheres.

“Uma mulher negra que se torna pesquisadora e elabora um pensamento próprio nos parâmetros acadêmicos, inspirada da vida extra-muros da universidade como o fazia Beatriz Nascimento, rompe com esse processo de invisibilidade no espaço acadêmico. Uma mulher negra pesquisadora jamais é imperceptível no campus, mas talvez o seja nesse campo enquanto autora.” (Alex Ratts, em Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento)

Ao questionar a forma como os trabalhos acadêmicos, produzidos por acadêmicos brancos, abordavam a temática negra, Beatriz nos provoca sobre a importância de nos tornarmos protagonistas dessas narrativas, deixando de ser meros objetos de pesquisa e, assim, repensarmos a História do negro. Nesse sentido, ela ainda se preocupa com a fragmentação da história do negro brasileiro, com as mistificações e a criação de estereótipos de um povo que foi escravizado.

“Não podemos aceitar que a História do Negro no Brasil, presentemente, seja entendida apenas através dos estudos etnográficos, sociológicos. Devemos fazer a nossa História, buscando nós mesmos, jogando nosso inconsciente, nossas frustrações, nossos complexos, estudando-os, não os enganando. Só assim poderemos nos entender e fazer-nos aceitar como somos, antes de mais nada pretos, brasileiros, sem sermos confundidos com os americanos ou africanos, pois nossa História é outra como é outra nossa problemática.” (Maria Beatriz Nascimento, em Eu sou Atlântica…)

Beatriz Nascimento foi assassinada em 28 de janeiro de 1995, quando defendia uma amiga de um companheiro violento. Cursava, então, mestrado na Escola de Comunicação da UFRJ, sob a orientação de Muniz Sodré. Apesar de ter uma produção que se estende ao longo de 20 anos, entre 1974 e 1994, e de alcançar relativa visibilidade intelectual e política em vida, a exemplo de Lélia Gonzalez, Eduardo Oliveira, Hamilton Cardoso e outras(os) de sua geração, Beatriz Nascimento não se torna uma autora reconhecida nos círculos hegemônicos dos estudos raciais no Brasil. Lida, comentada e rememorada sobretudo por autoras(es) negras(os), a “volta” aos seus textos não se deve fazer somente por um esforço de reverência.

Dados de uma matéria do G1 revelam que, até 2017, o percentual de professores universitários pretos(as), no Brasil, não chegava a 2% e totalizava apenas 15,86% se somados ao autodeclarados pardos(as), o que significa basicamente que o espaço da produção e reprodução de conhecimento na Universidade ainda está desproporcionalmente branco, situação que se intensifica quanto maior o grau de titulação (especialização, mestrado, doutorado) do docente.

Entretanto, os resultados dos avanços das políticas de ação afirmativa conquistados nos últimos 15 anos, que têm inserido uma quantidade (e qualidade) cada vez maior de pretos na Academia e, consequentemente, sinalizam a formação de mais intelectuais pretos(as) interessados em pesquisar e assumir o protagonismo da produção do conhecimento científico sobre etnia, raça e seus desdobramentos. Grupos cearenses como o NEABI (do IFCE), Ludice (da UFC),  NACE (Núcleo das Africanidades Cearenses, também da UFC), NUAFRO (da UECE), INEGRA (Instituto Negra do Ceará), entre outros, provam que esses movimentos de reestruturação e renovação da visibilidade negra nos diversos espaços da sociedade semeiam possibilidades de resistência que nos permitem permanecer vivos e fortes na luta para desconstruir o racismo estrutural que nos cerca.

Rayana Vasconcelos
Rayana Vasconcelos

Na Astrologia acadêmica, é Comunicação Social com ascendente em Publicidade em Propaganda. Lua em Design Gráfico (sol também). Trocadilhos à parte, busca refazer (desfazendo) os caminhos da diáspora negra através dos mares profundos dos afrossaberes.

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