Ela veio sim! Beyoncé fez uma passagem relâmpago e avassaladora por Salvador (BA) nessa quinta-feira (22/12), e não se fala em outra coisa nas redes sociais desde então. Após muita especulação e até divulgação da informação de que os fãs teriam conseguido rastrear o avião da cantora, ela voou dos Estados Unidos direto para a capital baiana exclusivamente para participar da Club Renaissance, a festa de lançamento do filme Renaissance, que reúne os melhores momentos dos 59 shows da turnê homônima.
Com isso, Salvador se tornou a única cidade do Sul global (e a terceira de todo o mundo) a ter Beyoncé na estreia do filme. A diva participou também dos lançamentos em Los Angeles, cidade do estado norte-americano da Califórnia, na qual reuniu centenas de famosos, e Londres, capital da Inglaterra, no Reino Unido, onde também reuniu grandes nomes do mundo das celebridades.
Ou seja: uma das maiores artistas negras da história da humanidade – a maior da atualidade – escolheu a cidade mais negra fora do continente africano para celebrar a cultura negra e LGBT, que é sobre o que trata Renaissance. Estima-se que, por aqui, a aparição da diva tenha envolvido 520 pessoas, em maioria mulheres negras, direta e indiretamente.
“Eu vim porque amo vocês. Era muito importante pra mim estar aqui. Renaissance é sobre liberdade, beleza, alegria. Tudo que vocês brasileiros representam. Estou muito feliz de estar aqui e ver o rosto lindo de vocês. Obrigada por todo o apoio durante todos esses anos. Vocês são únicos. Vocês são número 1 em meu coração”, afirmou Beyoncé para uma plateia seleta e emocionada.
O ingresso da festa não estava à venda. Era apenas para pessoas convidadas, com tudo – bebida, comida e, em alguns casos, até transporte – custeado pela cantora. Havia cerca de 200 convidados(as). Para recebê-los(as), uma megaestrutura foi montada no Centro de Convenções de Salvador. E foi nela que Beyoncé também tentou despistar os fãs sobre a possibilidade de fazer um show no Brasil.
“Não foi possível trazer a Renaissance Tour, mas estou muito feliz de dar o filme Renaissance para que vocês possam fazer parte do Renaissance, porque vocês são o Renaissance”, declarou ela, em meio aos rumores de que deve fazer até cinco apresentações no país ainda no primeiro semestre de 2024 com a segunda parte da turnê, cujo nome ainda não se sabe.
Apesar das especulações de que teria locado uma mansão no litoral da Bahia para passar o Natal, Beyoncé permaneceu no Brasil por apenas seis horas. Na festa, ficou apenas dez minutos. Subiu ao palco, falou com os fãs envolvida nas bandeiras baiana e brasileira, e voltou para os Estados Unidos ao lado do marido, o rapper Jay-Z.
Antes de Beyoncé fazer essa passagem meteórica pelo Brasil, a equipe da cantora já havia visitado Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo para conhecer e fortalecer empreendimentos de pessoas negras, além de promover ações sociais em comunidades nas quais a Central Única das Favelas (Cufa) atua. Essas agendas intensificaram os boatos de que os shows do próximo ano acontecerão nessas três capitais.
No entanto, as cidades de Fortaleza e Brasília também estão cotadas. Nos bastidores, diz-se que as apresentações seriam em julho. Todas em estádios, com a da capital fluminense ocorrendo no lendário Maracanã, o que seria uma exigência da própria cantora. Caso isso se confirme, Beyoncé cantará no Brasil depois de um jejum de 11 anos.
A última vez que ela fez show aqui foi em 2013, com a Mrs. Carter World Tour, quando passou por Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Em Salvador, essa foi a segunda vez que a artista esteve. A primeira foi em 2010, quando cantou no Parque de Exposições na turnê I am…, e passou por outras três cidades brasileiras (Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo).
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Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.