Coordenadora da equipe responsável pelo sequenciamento genético do novo coronavírus em tempo recorde, a biomédica baiana Jaqueline Goes ganhou a edição 2020 do Prêmio Capes de Tese em Medicina II.
Ela venceu com o estudo “Vigilância genômica em tempo real de arbovírus emergentes e reemergentes”. A pesquisa acompanhou casos de vírus como zika, dengue, chikungunya e febre amarela no Brasil na tentativa de predizer a ocorrência de novos surtos. “A partir do momento em que você sequencia o genoma de determinado vírus, você consegue informações necessárias para entender e enfrentar novas epidemias”, observa a cientista.
Jaqueline Goes de Jesus é doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisadora bolsista da Fapesp no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. Trabalha há um mês como voluntária numa equipe de pesquisadores reunidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), batizada de #TeamHalo (“auréola” em português), que produz conteúdos sobre o coronavírus a fim de combater a desinformação. Em fevereiro do ano passado, no início da pandemia no Brasil, a biomédica e uma equipe de especialistas sequenciaram o genoma do SARS-CoV-2 apenas 48 horas após os primeiros casos na América Latina. Trata-se de um tempo recorde no Brasil.

O Prêmio Capes de Tese existe desde 2005 e é fruto de parceria entre Capes, Fundação Carlos Chagas, Comissão Fulbright, Instituto Serrapilheira e Dimensions Sciences (DS), uma organização não governamental norte-americana que condecora exclusivamente mulheres.

Jornalista formado pela Faculdade Cearense (FAC). Foi produtor na TV O POVO e na TV Jangadeiro (SBT), ambas emissoras em Fortaleza. Também já atuou em campanha política. É hoje estudante de Letras/Espanhol na Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem 30 anos e atua como assessor de imprensa.