Seguem até o próximo domingo (30/8) as inscrições para ouvintes do XI Congresso Internacional de Artefatos da Cultura Negra. O evento vai acontecer entre os dias 21 de setembro e 2 de outubro, no Cariri cearense.
De caráter multidisciplinar, o congresso “busca criar um território de conhecimentos e de promoção de uma educação antirracista entre universidades, ativistas dos movimentos sociais, escolas de educação básica e comunidades tradicionais, ao tempo em que se constitui enquanto espaço importante de proposição de políticas públicas antirracistas.”
Conforme a organização do evento, as discussões pretendem oportunizar uma (re)conexão com o contexto africano com a releitura das realidades sociais, políticas e culturais da população negra na diáspora. Trata-se, portanto, de uma oportunidade importante de afirmar a diversidade e importância do povo negro diante da pandemia do novo coronavírus, que tem dizimado as populações mais pobres e mais pretas, e da política genocida do atual Governo Federal, que só reforça ideologias racistas, fascistas, sexistas, classistas e lgtbfóbicas.
A programação é composta de mesas redondas, rodas de conversa, feiras culturais, terreiradas culturais, exposições artísticas, mostra de cinema, lançamento de livros e comunicações científicas. Participarão pesquisadorxs e ativistas de vários estados brasileiros e de outros países.
As inscrições são gratuitas, mas a organização do congresso está mobilizando os participantes a fazerem doações a grupos e pessoas em situação de dificuldade econômica por conta da pandemia da Covid-19.
PARA DOAR
ALDEIAS/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
AGÊNCIA: 0684
OPERAÇÃO: 013
CONTA: 69784-4
CNPJ: 21023737000108
São objetivos do evento:
- Dialogar com instituições de ensino superior do Estado do Ceará, movimentos negros, estudantes, professorxs da educação básica e pesquisadorxs vinculados às questões da população negra no Brasil e em outros países sobre a produção do conhecimento africano e afro-diaspórico;
- Promover discussões no campo da formação dos profissionais da educação, voltadas para a implantação da obrigatoriedade da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar, Lei Nº. 10.639/03, Lei Nº. 11.645/08, da Educação Escolar Quilombola, (DCN’s, 2012) e das políticas de ações cotas;
- Fortalecer os elos ancestrais que nos unem e assegurar uma agenda que sinalize o fortalecimento da luta antirracista no Brasil;
- Promover a discussão acerca de temas e políticas destinadas a população negra como Saúde Mental e Política Nacional de Saúde Integral da População Negra;
- Promover diálogos voltados aos impactos que a Covid-19 está causando à população negra;
- Dar visibilidade a migração e refúgio no Cariri cearense e as ações que estão sendo realizadas;
- Fomentar o protagonismo de grupos populares em eventos técnico-científicos artísticos e culturais da região;
- Fortalecer o diálogo da academia com os espaços informais de educação como os terreiros e quilombos;
- Viabilizar a interação entre diferentes grupos e linguagens artístico-culturais na região do Cariri cearense;
- Realizar formação de educadores formais e educadores populares nas comunidades quilombolas;
- Dar visibilidade à mulher como protagonista nas manifestações da cultura afro-brasileira;
- Oportunizar o intercâmbio e troca de saberes entre mestres, grupos e artistas de diferentes linguagens;
- Promover acessibilidade do grande público à arte de matriz afro-brasileira produzida no Cariri cearense.
- Combater o racismo e a intolerância religiosa.
Mais informações: artefatoscnegra@urca.br
O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.