O portal Ceará Criolo foi eleito, nessa sexta-feira (7/12), o melhor produto de comunicação para promoção da igualdade racial do Ceará em 2018. Dez projetos disputavam o título, fruto de uma iniciativa inédita do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Ceará (Sindjorce).
A solenidade de entrega do prêmio aconteceu no Centro Cultural Belchior, na Praia de Iracema, em Fortaleza, durante o I Encontro de Jornalistas e Comunicadores pela Igualdade Racial. O evento integra o IX Congresso Estadual dos Jornalistas do Ceará, cuja programação vai até amanhã (9).
O primeiro lugar do Ceará Criolo foi decisão unânime da Comissão Julgadora. “O CC existe pra gente mostrar que tem preto no Ceará. Pra falar do nosso povo por um viés propositivo, diferente do jeito estigmatizado, violento e embranquecido da mídia tradicional. O CC existe pra mostrar que a gente resiste e está produzindo”, discursou a publicitária Tatiana Lima, integrante do CC, ao receber o prêmio.
Além dela, compõem o Ceará Criolo as publicitárias Jéssica Carneiro e Rayana Vasconcelos e os jornalistas Rafael Ayala e Bruno de Castro. “Hoje a gente pode bater no peito e dizer que o Ceará tem um portal de comunicação voltado para a igualdade racial e valorização da cultura afrobrasileira”, disse o secretário-geral do Sindjorce e diretor de Educação da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), jornalista Rafael Mesquita.
Mesquita foi coordenador-geral do curso de Comunicação e Igualdade Racial Abdias Nascimento, ministrado entre agosto e outubro deste ano e onde o Ceará Criolo foi inteiramente concebido. “Essa maravilha criada por vocês está sendo uma grande vitória. Foi um encontro de almas”, acrescenta.
Outras três especialistas formaram a Comissão Julgadora que elegeu o Ceará Criolo o melhor produto de comunicação do ano para promoção da igualdade racial no Estado. São elas: Geyse Anne da Silva, representante do coletivo de juventude negra Enegrecer; Kellynia Farias, doutoranda em Educação e membro do Núcleo de Africanidades Brasileiras da Universidade Federal do Ceará (UFC); e Silvia Maria Vieira dos Santos, historiadora e coordenadora pedagógica do curso de Comunicação e Igualdade Racial Abdias Nascimento.
O curso de Comunicação e Igualdade Racial Abdias Nascimento é certificado pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Jornalista por formação. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, atua como repórter e editor. É também escritor e foi finalista do Prêmio Jabuti 2020 com o livro de estreia, escrito em homenagem à mãe. É especialista em Comunicação e Jornalismo Político e em Escrita Literária. Tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais e atualmente é aluno da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Mestrado em Antropologia.
Deixe um comentário
Leia também
-
ID_BR lança Programa de Desenvolvimento de Lideranças Negras
-
6ª Mostra de Cinema Negro de Sergipe segue até 16/4
-
Aberta convocatória para exposição de fotografias de famílias negras de PE
-
Websérie Como Fazer discute primeira infância e africanidade
-
Ambev recruta até dia 12/4 pretos e pretas para estágio
Venho parabenizar a todos os profissionais que constituem esta equipe de peso. O reconhecimento é mais do que merecido e eu me sinto orgulhosa como negra e como cearense. Vocês me representam!!