O ator Terry Crews, 51, afirmou que episódios da oitava temporada da série Brooklyn Nine-nine estão sendo reescritos devido ao Black Lives Matter – BLM (Vidas Negras Importam). Surgido nos Estados Unidos, o movimento capilarizou-se no mundo e tem causado influência na retratação da Polícia no seriado de comédia.
A equipe de roteiristas é liderada pelo escritor e produtor de televisão Dan Goor, 45, e ainda não sabe bem qual direcionamento seguir, conforme o ator. Ele, porém, não enxerga isso como algo ruim. “Nós tivemos papos sérios e conversas profundas e esperamos que isso nos leve a fazer algo realmente inovador. Temos uma oportunidade e queremos usá-la da melhor maneira possível.”
Desde 2013, Crews interpreta o sargento Terry Jeffords em Brooklyn Nine-nine (2013-presente). A trama traz o cotidiano da 99ª delegacia policial do Brooklyn, um bairro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. O ator e ativista negro também é famoso pelo papel de Julius Rock na série Todo Mundo Odeia o Chris (2005-2009).
O BLM tem pautado cada vez mais o combate ao racismo, à violência policial e à abordagem abusiva contra a população negra. Os acontecimentos de junho foram noticiados amplamente pela imprensa nacional e internacional.
Em episódios anteriores, a série já abordou a violência policial da qual o personagem de Terry Crews foi alvo. O ator lembra de que já sofreu o mesmo tipo de abuso quando não era famoso. “Policiais de Los Angeles apontavam armas para a minha cara. Isso é algo que todo negro já passou e é difícil fazer outras pessoas entenderem.”
O plano seguinte da produção norte-americana é abordar os protestos recentes do Black Lives Matter.

Jornalista. Tem experiência nas áreas de Radiojornalismo (Rádio O POVO CBN), assessoria de comunicação (Defensoria Pública do Estado do Ceará) e webjornalismo e jornalismo impresso (Portal O POVO Online). Trabalhou como voluntária de marketing social na Fundación Sotrali em La Plata, Argentina. Passou pela redação do jornal sul-africano Mail & Guardian como repórter freelancer em Joanesburgo, África do Sul. É preocupada com questões raciais desde os 18 anos, quando se descobriu negra. Tem um pé na Moda.