Vereadora mais votada do Brasil nas eleições deste ano, Erika Hilton está na capa da Vogue digital de dezembro. Mulher, preta, feminista, antirracista e LGBT, como se define, ela revela detalhes da própria trajetória e o que enfrentou até ser a primeira trans eleita parlamentar de São Paulo, a maior cidade do Brasil.
“Sinto que estou cumprindo uma missão que não começa no meu corpo. É o reflexo de uma luta de ancestrais: gente como Zumbi dos Palmares, Dandara, Luiza Mahin, Marielle, que lutaram para romper os estigmas do preconceito e ocupar lugares que nos foram negados.”
Hilton tem apenas 28 anos e já enfrentou cenários bem adversos, a começar pela conjuntura da própria família. Chegou a ser até expulsa de casa após sua identidade sexual ser associada a signos demoníacos. O abandono fez Erika prostituir-se na adolescência e depois de seis anos longe dos parentes fez as pazes com a mãe.
“Fui uma criança muito amada na infância. Perder tudo me colocou em um lugar de desumanização (…) Quando eu sou a mulher mais votada do País, ninguém — nenhum homem ou mulher brancos e cisgênero — perde o seu lugar. Ao contrário, só há ganhos e todo mundo avança.”
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