O ”Amarrações Estéticas” do mês de abril vai receber as artistas Laís Machado e Castiel Vitorino no dia 23, às 19 horas, para um bate-papo no canal da Escola Porto Iracema das Artes no YouTube. A ideia é que o momento seja um ”cruzo” entre as artistas, que pesquisam e trabalham temáticas semelhantes, como negritude, macumbaria, entre outros. Ambas são tutoras da atual edição dos Laboratórios de Criação do Porto Iracema das Artes.
No vocabulário náutico que inspira o Porto Iracema, amarração é o ato de ancorar temporariamente embarcações ao cais. Por um tempo, as embarcações se avizinham para depois seguirem seus caminhos, de modo semelhante a uma encruzilhada, ou um cruzo. Utilizando essa imagem, a Escola propõe nesta Amarração um cruzo com Laís Machado e Castiel Vitorino, artistas cujas práticas confluem, se cruzam em giro decolonial e convidam ao fluxo desse movimento.
Castiel Vitorino é tutora do Laboratório Artes Visuais, macumbeira e psicóloga, acompanha os projetos: “Travestis são como plantas”, de Sy Gomes, e “Encantadas: saberes mágicos em lugares sagrados”, de Eliana Amorim. Laís Machado é tutora do Laboratório de Teatro, alárìnjó feminista, pesquisadora, crítica e produtora, e acompanha o projeto “Afrografias da Corpa-Jabuti”, da Coletiva Negrada.
SOBRE AS CONVIDADAS

Artista visual, macumbeira e psicóloga formada na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mestranda no programa de Psicologia Clínica da PUC-SP. Vive a macumbaria como um jeito de corpo necessário para que a fuga e o descanso aconteçam. Dribla, incorpora e mergulha na diáspora Bantu, e assume a vida como um lugar perecível de liberdade. Atualmente, desenvolve estéticas macumbeiras de sua Espiritualidade e Ancestralidade Travesti. Idealizadora do projeto de imersão em processos criativos decoloniais Devorações. Nasceu em Fonte Grande. Vitória/Espírito Santo – Brasil.

Artista do corpo transdisciplinar, alárínjó, negra e feminista, é natural de Salvador-BA, Brasil, onde vive e trabalha. Desenvolve projetos autorais nas artes cênicas, performance-arte, instalação, fotografia e audiovisual. Explorando os limites do corpo atlântico, investiga o transe e fluxo como meio de produção de presenças. Em 2017 fundou com o artista Diego Araúja, a Plataforma ÀRÀKÁ, que tem estabelecido conexões entre artistas experimentais negros diaspóricos e africanos. E em 2018 Idealizou e coordenou o Fórum Obìnrín – Mulheres Negras, Arte Contemporânea e América Latina.Criadora e intérprete da peça-ebó Obsessiva Dantesca (2016-2019), participa do cenário profissional das artes cênicas em Salvador desde 2011, tendo participado de festivais nacionais e internacionais. Dentre eles o Festival Internacional das Artes Cênicas da Bahia (FIAC – BA), Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MIT-SP), Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte (FIT-BH) e o ¡Adelante! (GER). Com trabalhos em vídeo, instalação e performance, participou de três exposições coletivas – Festival Digital Latitudes (2020/Berlim-GER), Mostra Magia Negra (2019/Salvador-BRA) e o Valongo – Festival internacional da Imagem (2018/Santos- BRA). E foi convidada a participar de residências artísticas na Savvy Contemporary Arte (Berlim/GER – 2020), na Summershool Angust/Medo no Weltkunstzimer ( Düsseldorf /GER – 2019), Atlantic Center for the Arts com o mestre Isaac Julien (UK) ( New Smyrna / USA – 2018) e no primeiro programa de residência artística do Valongo – Festival Internacional de Imagem ( Santos / BRA – 2018).
SERVIÇO
O quê: Nova edição das Amarrações Estéticas recebe as artistas Laís Machado e Castiel Vitorino
Quando: Dia 23 de abril, sexta-feira, às 19h
Onde: YouTube do Porto Iracema das Artes
GRATUITO
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O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.