Pelo menos R$ 9,6 milhões já foram repassados pela Central Única das Favelas (Cufa) a mães de famílias moradoras de comunidades em situação de vulnerabilidade do Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus. É o projeto “Mães da Favela”, que tem como madrinhas e padrinhos inúmeros artistas de todas as partes do país.
Durante dois meses, essas mães recebem um auxílio de R$ 120. Ou seja: ao todo, R$ 240. O recurso não tem qualquer ligação com o auxílio emergencial do Governo Federal. É uma verba a mais para quem já vivia com muito pouco e por conta do necessário isolamento social agora está com dificuldades de se manter.
O dinheiro é arrecadado em doações diretas feitas às contas e às sedes da Cufa pelo Brasil ou em apresentações on-line de artistas de todos os estilos musicais. A campanha reúne de Emicida a Zeca Pagodinho. De Alcione a Daniela Mercury. De Xandy de Pilares a Karol Conka. De Péricles a Ivete Sangalo.
É tanta gente boa reunida que a mobilização já ganhou até clipe oficial.
Além do benefício de R$ 120 mensais, a articulação da Cufa já distribuiu milhares de cestas básicas, botijões de gás de cozinha e vales-alimentação em quase todas as capitais brasileiras.
É nas favelas onde está boa parte da população negra (pretos e pardos) brasileira. Em Fortaleza, por exemplo, 90% dos mortos por coronavírus moravam em bairros de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mesmo critério considerado pela Cufa para fazer as doações.
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Quer saber mais? Chega lá no site do Mães da Favela.
Para doar, clique aqui.
Vakinha Online.
Arrecadação pelo Picpay.
Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.