Hoje vamos conhecer quem foi o homem mais rico da história. A fortuna era incalculável. “Imagine o máximo de ouro que um ser humano possa ter e dobre esse valor”, disse à revista Money o professor de história Rudolph Ware, da Universidade de Michigan. Quando assumiu o poder em 1312, em Mali, Musa Keita ganhou o título de “Mansa”, cujo significado é “rei”. Ele foi o responsável por expandir as riquezas do império. Com abundância de ouro e sal no território, abastecia mercados na Europa, África e Oriente Médio.
Esse império abrangia o território de Mali, Senegal, Gâmbia, Guiné, Níger, Nigéria, Chade e Mauritânia, na costa oeste da África. Na escala atual, seria como se governasse nove países do continente. No auge do poder, o Império de Mali contava com 400 cidades.
Acontece que, apesar da imensa fortuna, Musa não era tão conhecido. Em 1324, o imperador fez uma peregrinação até Meca, na Arábia Saudita, cidade sagrada para o povo muçulmano. Uma grande caravana foi montada para percorrer 6,4 mil quilômetros. Algumas fontes falam em 60 mil pessoas, entre soldados, civis e escravos.
Ao parar em Cairo, no Egito, o imperador causou um problema inesperado ao fazer um ato de caridade. Ao doar ouro à população mais pobre, causou uma crise inflacionária no país durante alguns anos.
Após 25 anos no poder, o imperador Mansa Musa faleceu em 1337. No entanto, até os dias de hoje, a fortuna do imperador não foi superada. Como legado ao povo, deixou escolas, mesquitas, bibliotecas e museus.
O Império de Mali e o rei Mansa Musa foram incluídos no mapa mais importante da época: o Atlas catalão (Mapamundi de los Cresques), que cobria o mundo conhecido pelos europeus no século XIV e uma das principais referências para estudar o período medieval.
Jornalista. Alma de cronista, coração de poeta. Tem experiência em Assessoria de Comunicação. Apaixonado por futebol, boas histórias e fim de tarde.