A fotógrafa Marcela Bonfim nasceu em Jaú, distante quase 300 quilômetros de São Paulo, e renasceu em Porto Velho, no estado de Rondônia, ao reconhecer uma Amazônia Negra. E ao se reconhecer como mulher negra. A mulher negra empoderada de hoje em nada lembra a criança cheia de dúvidas e dona de um mundo paralelo, um universo onde tudo corria tudo bem. Sem discriminação, com afeto.

Neste bate-papo, ocorrido na passagem dela por Fortaleza para o lançamento da exposição Amazônia Negra, Marcela fala sobre o que leva alguém a sonhar sendo transparente, por que refugiar-se dentro de si pode ser uma estratégia de resistência a um cotidiano massacrante e como imaginar a si mesmo em outra situação pode fazer você chegar onde quer. Fala ainda sobre as melhores lembranças da infância, a importância da fotografia, a mudança de São Paulo para Rondônia e o autorreconhecimento como um corpo negro.
A conversa com Marcela mostra uma trajetória de superação. Não só diante do mundo externo, mas principalmente do interior. Encarar o desconhecido, se reconhecer, imaginar um mundo ideal e sobreviver ao/no mundo real. Por tudo isso (e um tanto mais), a fotógrafa de Jaú passou.
E agora compartilha com o Ceará Criolo.
Confira.
CEARÁ CRIOLO] Como foi tua infância e por qual lembrança você guarda mais carinho? Você tem sonhos e aspirações dessa época? O que, em essência, ficou?
MARCELA BONFIM] Eu lembro que foi uma fase bastante conturbada em relação aos pensamentos. Minha família dizia que eu precisava estudar. Mas o colégio me rejeitava. Foi muito difícil essa minha inserção. Não sabia o que tava acontecendo, mas sabia que tudo que acontecia não era ao meu favor.
Vislumbrando um pedaço da infância das outras pessoas, eu forjei uma estratégia: entrar em mim. Então, fui uma criança que nos prospectos da escola dava muito trabalho. Não prestava atenção, tirava péssimas notas… Porque até então eu sentia que aquela forma de educação não tinha nada a ver comigo. Não gostava muito da escola.
As boas lembranças que tenho da escola são andando para o lugar das árvores, fazendo coisas que não era pra fazer na escola, correndo no pátio. Eu vivia no mundo de sonhos. E aquele mundo era muito mais confortável do que a realidade de ter que ser a mais engraçada da turma. Porque quando comecei a ser aceita foi nesse aspecto. Ao mesmo tempo em que eu estava fora, eu estava dentro, mas como alvo. Na hora do intervalo, formavam a rodinha das meninas, a rodinha dos meninos e a minha rodinha, que era eu e meus pensamentos. Então, as minhas melhores memórias eram exatamente os meus pensamentos.
E eu pensava em muitas coisas. Eu pensava em rainhas, princesas, príncipes… E, infelizmente, eu cheguei a me imaginar muito branca. No meu mundo de ilusões, eu não tinha cor. Isso me levava a uma zona não de conforto, mas de alívio. Me tirava daquele lugar que era uma realidade completamente dura, porque eu sabia que eles não queriam ter contato comigo porque a cor da minha pele era diferente.
Eu criava histórias, fazia novelas na minha cabeça. Os melhores momentos ou não existiam na realidade ou eram muito particulares à minha casa, quando eu chegava em casa. Vamos dizer que o melhor momento da minha vida na escola era quando eu chegava em casa, quando eu podia simplesmente ter o meu reduto, os meus vizinhos. Tinha meus vizinhos que me aceitavam. A minha primeira amiguinha foi a Priscila, moradora quase do lado da minha casa. Ela era branca. O mais interessante é que tinha a Fabiana, que era uma menina negra que morava na frente da minha casa e a gente não se dava bem. Pra você ver como a minha mente era muito complexa.
Aí, a situação da escola me levou a penalizar minha própria cor. Ao mesmo tempo em que eu sonhava ser uma pessoa transparente, eu não me dava bem com a Fabiana, uma menina negra. Me dava bem com a Priscila, a vizinha branca. Então, esse mundo imaginário é a melhor lembrança que eu tenho da minha infância.
O que ficou da minha infância foi exatamente essa imaginação. Hoje eu vejo: cair no mundo da imagem significa perpetuar esse mundo da imaginação. Sendo que imaginação pra mim é pura imagem. A fotografia tá na minha imaginação; eu sempre fotografei. Quando eu falo que criava novelas, é exatamente isso: criei um mundo ideal na minha cabeça pra suportar esse mundo que existia e não existia ao mesmo tempo.
Nossa, eu criava altas histórias onde poderia me relacionar. Eu tinha afeto nessas histórias; tinha um príncipe encantado. Recebia carinho, tinha condições de entrar em qualquer lugar. Tudo que foi negado a mim nessa existência física, eu recriava na minha cabeça. Então, aquilo passou a ser parte da minha vida por muito tempo e hoje continua sendo.
A minha infância me condicionou a ser o que eu sou hoje. Eu vivi num mundo de ilusões. Tanto é que hoje, quando as pessoas falam sobre afeto, amor romantizado, pra mim é muito difícil. Eu nunca experimentei uma relação afetiva. O amor eu ainda não experimentei. E se você perguntar o que ficou, eu digo que sou hoje uma mulher de amores platônicos. E isso vem de longe. Se o mundo não me deu, eu mesma fiz questão de forjar. E até hoje é uma coisa que eu trabalho dentro da minha cabeça. É uma herança de criança que preciso amadurecer.
CC] Como foi a escolha pela área da Economia e como foi a sua atuação na época da faculdade? Você era uma estudante engajada em alguma causa?
MARCELA] A Economia não foi uma escolha. Na verdade, eu fui uma vaga remanescente de Economia. A Economia veio como uma fuga. Mas eu tinha uma outra concepção sobre Economia.
A palavra “economia” soava como uma garantia de sucesso. E eu tive um impacto completamente diferente. Entrei numa escola onde a Economia era voltada a esse corpo político, a essa economia política. Existia uma politização nesse processo pela qual me apaixonei. Eu nunca tinha mergulhado em algo tão social quanto esse curso me mostrou. Foi um curso fundamental; me levou a vários engajamentos.
O primeiro ano foi muito susto. Conhecer aquelas ferramentas foi muito pesado. Eu não sabia se ficava ou se ia. Não sabia se aquilo ia ser parte de mim. Foi a partir do segundo ano que pude ter contato com alguns professores importantes. A professora Regina Gadelha, por exemplo, me levou pra dentro da casa dela, pra trabalhar na biblioteca, onde pude ter mais contato com os livros, com uma realidade acadêmica. Depois, mais tarde, veio a professora Leslie Denise Beloque, que é uma figura que tenho muito carinho. Eu pude fazer iniciação científica, pude abrir um espaço pra mim dentro da Economia. Ali pude ver que eu me encaixava naquele contexto, onde pude levar uma experiência de criança, que foi o trabalho informal onde eu cresci. Cresci entre Jaú e o Paraguai, minha mãe era muambeira e eu vi que poderia aplicar um pouco da minha realidade naquilo que parecia muito distante na economia.
No primeiro ano, eu fui lá aprender os clássicos. Eu vi como aquilo era bem estranho; ouvir dos clássicos as teorias que a gente tava ali tentando bancar. E ali pro terceiro ano eu vi que poderia inserir a minha realidade. Foi muito importante fazer iniciação científica. Foi uma forma de me engajar no curso, de me enxergar dentro daqueles processos que estavam me levando pra uma formação, que não era minha; era uma formação social. Ali, pela primeira vez, eu pude me colocar dentro da Economia. E eu achei muito legal.
E depois, no Centro Acadêmico, eu parti pra uma práxis, uma luta política. Foi muito importante. Também fui pro mercado financeiro. Fiquei durante um ano e meio dentro da Bovespa, sozinha, por iniciativa minha mesmo. Eu queria conhecer como é que funcionava. Eu achava muito interessante eles atribuírem condições emocionais para o mercado. “O mercado tá nervoso”, “tá calmo…”.
Então, eu via o mercado como um corpo humano e tentei começar a me aproximar desse mercado. Tudo que eu fazia era um pouco pra me aproximar daquela Economia, que eu sempre achei muito distante de mim. Eu podia ter escolhido Ciências Sociais, até então mais distante da Economia. Mas eu não entendia o que eram Ciências Sociais. Economia eu já tinha ouvido falar. Me trazia um pouco mais de segurança, até porque minha família me cobrava. Me trazia aspectos da meritocracia, inclusive. Poxa, se estudar Economia, vou ser uma economista. Mas Ciências Sociais eu pensava: “o que é que vou ser?”. Não me encaixei muito bem até na terminologia da palavra.
Mas a Economia teve uma pequena aproximação. Depois teve uma distância quando comecei a estudar os clássicos. Via aquilo tão distante de mim! E depois me aproximou de novo quando fui fazer iniciação científica e pude estudar o trabalho informal e ver que ele é parte do sistema todo. Quando eu vim pra fotografia, foi praticamente o mesmo movimento político: eles marginalizam uma forma de trabalho para ganhar em cima dela e é a mesma forma que enxergo com o nosso processo chamado negritude. A economia foi um acerto. Sinto-me muito feliz. E depois: conhecer o mercado financeiro com esses atributos humanos, também foi uma forma de me aproximar, também de ver que isso é uma parte do nosso corpo, mas é a parte que ressaltam. Deveria ser só mais uma parte.
Sonhava muito em ser política, você acredita? E o Centro Acadêmico foi uma realização. Eu senti; fui vice-presidente. Então tive um contato com esse “poder”. “Poder fazer algo”, foi mais nesse sentido. Poder fazer algo dentro da Academia. Pude fazer muitos eventos, conheci muitas pessoas, pude sentar em mesas junto com os professores que eu tinha brilho nos olhos. Foi uma aproximação muito forte do curso. Eu me sentia, por horas, muitas vezes, representada.
Só que, infelizmente, na época eu não sabia, eu não consegui agregar o valor do corpo político. Eu ainda tava naquela fase da meritocracia. Eu poderia ter aproveitado muito mais se eu tivesse a consciência do corpo negro. Nossa, que potência isso seria! Acho que na universidade faltou isso. Faltou a representatividade. Era um corpo negro vazio. Mas era um corpo negro atuante, conhecendo seu espaço.

CC] Como foi o processo de deixar São Paulo e ir para Rondônia? O que familiares e amigos disseram e o que te fez encarar essa mudança?
MARCELA] A ida pra Rondônia foi muito difícil. Eu procurei emprego até o último dia. Por mais que tivesse aceitado o convite, aceitei porque já não tinha casa. Sentia que a cidade estava me esmagando. Mas só foi cair a ficha quando eu fui fazer o check in.
Minha família sempre me teve como uma pessoa fora da caixinha. Desde pequena, eu era conhecida como emancipada. E pra tomar essa decisão de ir pra Rondônia eu não fiz consulta. Simplesmente avisei. Embora eu não quisesse, era a única coisa que tava na minha mão. Ou eu voltava pra Jaú ou ia pra Rondônia.
Voltar pra Jaú, para mim, naquele momento, significava retroceder. Não tinha forças pra encarar Jaú. A opção de ir para um lugar que eu não conhecia, na verdade, era muito melhor do que voltar praquilo que eu já tinha muito bem em mente do que era. Embora tenha sido minha cidade de origem, onde eu nasci, foi uma cidade em que as memórias, as lembranças, aconteceram na minha cabeça, fruto da minha imaginação. Então, ir pra Rondônia foi: ou vai ou vai.
Meus amigos queriam me passar tranquilidade. Um deles, o Xavier, me dizia: “Má, as coisas mesmo dando errado pra você vão dar certo. Escuta o que eu tô te falando”. E foi muito isso. Xavier fez uma leitura muito louca do meu processo na PUC. Eu tinha uma impressão de que tava tudo dando errado, mas aquilo dava certo, dava errado, dava certo. Fui me construindo nesse movimento porque a gente anda no escuro muito forte e ir pra Rondônia era outro escuro. Ao mesmo tempo em que eu vivi muito tempo esse escuro, o medo de encarar outros escuros era muito grande.
Eu chego em Rondônia nesse escuro. Não sabia por onde ir, mas fui. Cheguei frustrada. Depois, fazendo o caminho de volta, você percebe o quanto foi importante entrar na minha sombra, conhecer esses escuros. Hoje, estando ainda no mundo das imagens, essa mistura da sombra com a luz é a fotografia. Não adianta você querer só a luz, porque a luz não vai te levar pra lugar algum; vai te levar pra cegueira. Foi essa cegueira que eu vivi por muito tempo em São Paulo. Com tanta luz, eu não consegui enxergar absolutamente nada da minha cor, nada de mim mesma. Foi preciso encarar esses escuros.
Rondônia, pra mim, significava entrar em outro escuro que eu jamais imaginei, mas encarei. Encarei e hoje sou muito feliz por isso. Não posso omitir que existiu uma frustração muito grande. Cheguei como uma derrotada. Mas felizmente o final foi outro. Eu me sinto muito feliz de ter entrado nessa mata escura e ter achado muitas coisas sobre mim.
CC] O reconhecimento da Amazônia Negra coincide com o teu reconhecimento enquanto mulher negra? O quanto esse teu reconhecimento impactou tua vida?
MARCELA] Sim, com certeza. A descoberta dos corpos negros na Amazônia me levou pra outro lugar. Porque, querendo ou não, eu nunca convivi com muitos negros. Esse foi o detalhe maior. Em Jaú, por estudar em um colégio branco, a maior parte das minhas companhias foram brancas. Inclusive da minha família. Enxergo que eu fiz o movimento que os meus familiares fizeram. Eu fico pensando: “meu avô foi chefe de estação da ferrovia em São Paulo. Esse processo de embranquecimento é muito antigo. Os amigos do meu avô também eram brancos. Os amigos da minha avó foram brancos. Os amigos da minha mãe foram brancos. Os amigos do meu pai foram brancos. Os amigos dos meus tios foram brancos.”
Então, quando vou pra Rondônia e começo um outro processo, eu recomecei minha vida. Teria que arrumar novos amigos, conviver com outras pessoas. E quando eu enxergo e vejo uma negritude muito presente, escolho conviver com essa negritude. E ali tá um outro processo. Ou seja: é uma nova forma de inserção social. Quando eu tô falando de negritude no Brasil, eu tô falando principalmente disso: de reinserção social. Esse processo de reconhecimento vai por essas vias da inserção social. Foi muito mais digno do que em São Paulo. Eu não precisei ser a palhaça da turma. Em Rondônia, foi completamente diferente. Essa câmera me trouxe uma dignidade maior do que São Paulo me trouxe; do que Jaú me trouxe. Pra me inserir, bastou afeto, o que trouxe toda a diferença desse processo. E me trouxe uma suavidade até em encarar o espelho, de uma forma mais humana, de uma forma mais digna.
Por isso que eu digo hoje que não só eu tô aprendendo a ser negra; Amazônia também está. E hoje trazer isso à tona faz com que a Amazônia também tenha que ressignificar seus processos enquanto negritude. Enquanto Amazônia, aliás, porque esse é um aspecto que agora, daqui pra frente, não pode mais ser negligenciado. É a mesma forma da Marcela. Essa nova forma de reinserção social me leva a também a me redescobrir como mulher negra. A de me tratar de uma forma muito melhor do que eu vinha me tratando como mulher negra. Então, é um aspecto conjunto. Sou muito feliz hoje de estar me descobrindo com essa Amazônia.
CC] Hoje, qual a importância da fotografia na tua vida? O que você sente ao fotografar? Tem algum conselho para quem está começando?
MARCELA] Nesse meu mundo de criança, a fotografia sempre aconteceu. A fotografia pra mim tem uma importância existencial. Se hoje eu existo da forma que eu existo é porque talvez ela sempre tenha existido na minha cabeça. A gente hoje vê uma fotografia encarcerada ainda; uma fotografia antiga, que prende povos, que estigmatiza. Eu venho exercendo uma fotografia, desde criança, tentando sair desse mundo que me penalizava sempre pela cor da minha pele.
Então, ela vem na importância desse livramento, dessa outra imaginação. Quando eu digo que a fotografia tá na cabeça de cada um, é exatamente isso. A imagem transcende o corpo físico. A imagem pode ser esse plano de libertação. Pode ser um alívio. A imagem pode ser uma respiração. E desde criança ela vem sendo isso pra mim.
Costumo dizer que a importância da fotografia, da imaginação, é existencial. Encontrei com um menino no Ceará que se apresentou como sendo um atleta maratonista; era uma criança negra. Na praia, a gente começou a conversar. O Dom Lauro me apresentou como fotógrafa e ele ficou lá me olhando, porque ele via uma pessoa negra. Por falta de referência, a gente sempre imagina que o negro seja a mesma coisa. Ele nunca vê o negro como referência daquilo que a novela mostra. Ele perguntou pra mim: “e aí, como é que faz pra gente ser fotógrafo, pra gente ser alguma coisa na vida?”. Eu disse: “uma das principais coisas que você precisa ter agora é a capacidade de imaginar, de se colocar nesse lugar. Você quer ser atleta? Coloque-se nesse lugar pela imaginação.”
O mundo da fotografia é esse plano imaginativo que a gente não pode nunca perder. A nossa educação, infelizmente, não é pra esse viés, não é pra esse engrandecimento do mundo da imagem, da imaginação. A fotografia vem como essa urgência da gente existir. A gente não pode só existir nesse plano do dia a dia, do cotidiano. Isso é muito duro pra todo mundo. A gente vem endurecendo exatamente por esse cotidiano. Se a gente forjar essa imaginação, se ela caminhar com a gente, tudo vai facilitar mais.
Esse é o maior conselho que eu dou pras pessoas. Comece dentro da sua cabeça. Às vezes, pode parecer ingênuo isso. Mas não é. Isso foi minha salvação. Principalmente no mundo de criança. Quer um mundo mais cruel do que o mundo infantil? O mundo infantil é muito visceral. A criança fala aquilo que tá mais presente nela. E às vezes o que tá presente nela é aquilo que os pais reproduzem e ela vai reproduzir com muita mais força e com uma forma muito mais integral. O adulto é cheio de dedos; a criança, não. Por isso vem esse mundo cruel, mas real. Ela tá sendo mais honesta possível dentro do corpo dela.
A capacidade de imaginação vem hoje como uma forma de se viver melhor. Experimente viver nesse plano cotidiano 100%. Eu acho impossível. Pelo menos eu não quero e eu não consigo mais. Esse balãozinho chamado imaginação, quanto maior ele for, mais condições de vida a gente recebe. Cada vez mais a gente vem vendo que: “nossa, não quero participar desse mundo pé no chão”. Tem que ter pé no chão, mas eu prefiro ainda mantê-los um pouco distante. Prefiro, um pouquinho, flutuar.
Uma condição essencial de sobrevivência hoje você ter essa imaginação dentro de você. É crescer, mas deixar a imaginação junto com esse crescimento. Esse é o maior recado que deixo pra todos que são marginalizados. Inclusive essas maiorias minorizadas. A gente é marginalizado, jogado pras periferias. Como é que faz pra entrar nesse bolo? O primeiro passo é imaginando. Essa é uma estratégia até para suavizar nossa existência.
Pra conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Marcela Bonfim:
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https://reconhecendoamazon.wixsite.com/amazonianegra
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Jornalista. Alma de cronista, coração de poeta. Tem experiência em Assessoria de Comunicação. Apaixonado por futebol, boas histórias e fim de tarde.