É negro e africano o homem por trás dos estudos da Pfizer para a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) nos Estados Unidos. Médico, ele se chama Onyema Ogbuagu e pertence à Escola de Medicina da Universidade de Yale, a terceira mais antiga instituição de Ensino Superior do país, localizada na cidade de New Haven, em Connecticut.
Ogbuagu liderou os estudos de uma equipe de pesquisadores da Pfizer que anunciou uma imunização contra a Covid-19 que tem 95% de eficácia. Ou seja: de cada 100 indivíduos testados, 95 apresentaram anticorpos da doença. Ao todo, 43 mil pessoas receberam doses da vacina.
De origem nigeriana, Onyema Ogbuagu é diretor do programa HIV Clinical Trials de Yale, na seção de doenças infecciosas, há cinco anos. Ele integra a instituição desde 2012 e, agora, pode ser o responsável pela proteção de bilhões de pessoas ao redor do mundo.
A Pfizer já começou a vender doses da vacina para diversos países. O Brasil ainda não compõe a lista, apesar de a empresa já ter procurado o Governo Federal e sinalizado a possibilidade de comercializar a fórmula para a imunização em massa iniciar o quanto antes.
O mundo tem até o momento 67 milhões de casos do novo coronavírus e 1,5 milhão de mortes em decorrência da doença. O Brasil tem o terceiro pior cenário do planeta: são 6,5 milhões de doentes e 176 mil óbitos. Fica atrás apenas dos Estados Unidos (14,9 milhões de casos e 287 mil mortos) e da Índia (9,6 milhões de casos e 140 mil mortes). A China, onde tudo começou em novembro do ano passado, tem 86 mil casos e 4.634 mortes. Ocupa a 76ª posição do ranking mundial.

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