Quantos super heróis negros fazem parte da sua infância? Dos que não fazem, quantos você conhece? E quantos desses super heróis negros foram criados com referências claras à cultura negra? Sua resposta certamente vai ser “poucos” ou “nenhum”. Porque de fato a quantidade de mocinhos/protagonistas pretos nas produções visuais como um todo ainda é diminuta.
Um artista brasileiro, no entanto, deu uma enorme contribuição para a subversão dessa lógica. Hugo Canuto criou o “Contos dos Orixás”. O que é isso? A ideia é adaptar mitos e lendas sobre divindades da África Ocidental – onde estão países como Nigéria, Benim e Togo – para os quadrinhos cujos super heróis seriam representados pelos orixás, símbolos espirituais característicos das religiões locais e afro-brasileiras como o Candomblé.
Ele retrata Yemanjá (senhora das águas, mãe dos orixás), Xangô (o rei do trovão), Ogún (o senhor do ferro), Oxóssi (o caçador), Oxum (a rainha dos rios e cachoeiras), Iansã (a senhora dos ventos e tempestades) e Oxaguiã (o jovem guerreiro).
A revista está em pré-venda no portal Catarse até o dia 18 de janeiro de 2019. “Financiado em 2017 e inicialmente previsto com 60 páginas, ao longo do tempo de produção senti a necessidade de ampliar o conteúdo para contar a história que desejava e assim, dobramos o tamanho da revista, tendo a versão final o total de 120 páginas, o que exigiu mais tempo na elaboração, posto que, do roteiro até a arte, o processo se deu de maneira autoral”, explica Hugo.
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