Em meio à onda de protestos contra a desigualdade racial em diversos pontos do mundo, é justamente um livro sobre antirracismo o mais vendido do Brasil em junho.
Escrito pela filósofa Djamila Ribeiro e lançado pela Companhia das Letras, a maior editora do país, o “Pequeno manual antirracista” está no topo do ranking do mercado editorial.
O livro é curtinho, tem menos de 100 páginas, mas extremamente potente. E entrega o que se propõe: ser, de fato, um manual prático com tópicos claros e diretos sobre a desconstrução do olhar colonial que todos temos (todos MESMO).

Em algumas lojas virtuais, o e-book é encontrado por menos de R$ 15. “A mãe da Thulane, uma mulher preta, é a autora que mais vende livros no Brasil. Chora, Brasil colonial! É histórico”, comemorou Djamila em post no Instagram, rede social na qual ela tem 869 mil seguidores.
Não bastasse o Top 1 isolado, ela ainda emplaca “Quem tem medo do Feminismo Negro?” em quinto lugar e “Lugar de Fala” em décimo. Três posições no Top 10 brasileiro.
“Essa notícia não é uma conquista só para mim… É uma conquista para todos os grupos com quem converso, troco e aprendo. É uma conquista para meus ancestrais, para quem pavimentou o chão para que minha geração pudesse pisar. Já nos ensinou Lélia González, nosso legado não é somente de dor, mas um legado de luta e resistência.”
TEMAS DO LIVRO.
Informe-se sobre o racismo.
Enxergue a negritude.
Reconheça os privilégios da branquitude.
Perceba o racismo internalizado em você.
Apoie políticas educacionais afirmativas.
Transforme seu ambiente de trabalho.
Leia autores negros.
Questione acultura que você consome.
Conheça seus desejos e afetos.
Combata a violência racial. Sejamos todos antirracistas.

Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.