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As línguas africanas tem uma imensa influência histórica na nossa língua portuguesa. Expressões e palavras até hoje usadas vêm do continente africano.
Estudiosos dos idiomas afirmam que as línguas africanas são as mais determinantes para o fortalecimento da linguagem que percorre os quatro cantos do nosso país.
Há mais de 1500 palavras originárias do continente africano, trazidas pelos povos que foram escravizados pelos europeus.
A resistência dos idiomas africanos no Brasil se deve, especialmente, às religiões de matrizes africanas que valorizam, retomam e trabalham a linguagem.
Em meio a uma dura realidade, um aconchego, um conforto recebido de quem se ama. Esta seria a tradução mais familiar da palavra utilizada por famílias africanas. De maneira técnica, no português significa “lamentação infantil”, “manha”, “meiguice”.
Ele mesmo, o ritmo nascido e criado em terras brasileiras. Acredita-se que a palavra vem de “semba”, do dialeto angolano quimbumbo. Semba, nada mais seria que “umbigada”, uma referência a maneira como o ritmo musical é dançado.
Antes da língua brasileira transformar sua grafia e pronúncia, a palavra para o filho mais jovem de uma família era “kaluza”.
Significa conversa fiada, balela. Com o tempo também passou a ser usado para descrever uma conversa chata ou um ato muito demorado, atrasado.
E a inspiração mais provável vem do dialeto quicongo, cuja palavra ndenga-ndenga significa lentidão, permanecer, durar muito tempo da mesma maneira. Em outras palavras, uma enrolação.