em decisão histórica, linkedin derruba veto a vagas afirmativas

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Após grande repercussão, a plataforma LinkedIn voltou atrás e atualizou sua política de divulgação de vagas para permitir anúncios que priorizem grupos historicamente desfavorecidos, como negros, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.

O anúncio foi feito pelo diretor-geral do LinkedIn para a América Latina, Milton Beck

Milton Beck

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Atualizamos nossa política global de anúncios de vagas para permitir a divulgação de publicações que expressem preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos na contratação em países onde esta prática é considerada legal. No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas. Agradecemos o feedback que recebemos da nossa comunidade no Brasil. Fazer a coisa certa é importante e estamos comprometidos em continuar aprendendo e melhorando.

Country Manager at LinkedIn Latin America

A decisão surge dez dias depois de vir a público a notícia de que a plataforma havia excluído uma vaga do Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut), que dava preferência a candidatos negros e indígenas.

O veto gerou muita repercussão na rede, unindo ativistas e corporações a pressionar a plataforma a realizar mudanças em sua política interna.

Beck ressaltou que a nova política vale apenas para grupos historicamente subrepresentados, ou seja, anúncios discriminatórios não serão permitidos.

“A nossa política diz que o LinkedIn proíbe a discriminação em anúncios de emprego com base em características protegidas, como idade, sexo, deficiência, etnia, raça e orientação sexual", acrescenta o Country Manager do Linkedin.

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No entanto, em uma jurisdição onde isso seja legalmente aceito, o LinkedIn pode permitir anúncios cuja linguagem expressa preferência por pessoas e grupos historicamente desfavorecidos.

Milton Beck

Country Manager at LinkedIn Latin America

A medida vale para os países onde a prática é considerada legal, caso do Brasil, que não só implementou a Lei de Cotas, como já legitimou processos seletivos exclusivos.

Dessa vez, após a decisão do LinkedIn em excluir a vaga do Laut, o Ministério Público Federal (MPF) e o Procon-SP emitiram notificações pedindo explicações para a empresa. Segundo Beck, a rede social está trabalhando para fornecer as respostas para os órgãos.

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