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Na escola, é pouco provável que você tenha estudado a civilização etíope. Mas certamente teve aulas sobre o Egito Antigo.
a civilização dos faraós que é dois milênios mais antiga que a etíope, com início por volta de 3100 a.C.
Ela se converteria na mais famosa e estudada que a África já teve, e já possuía considerável poder na época em que D’mt começou a se formar.
Enriquecidos e alimentados pelo Rio Nilo, os egípcios desse passado distante cruzaram os milênios conquistando terras vizinhas e sendo conquistados por outas potências regionais.
Sua história e cultura se mesclaram com influências dos povos núbios, assírios e líbios, ente outros, que habitavam a parte do mundo onde o nordeste africano e o Oriente Médio se encontram.
Nessa época, os egípcios já haviam se afastado de grande parte dos estereótipos normalmente associados à época de ouro dos faraós
A região estava bastante integrada à civilização greco-romana desde que havia sido conquistada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C.
Essa aproximação com a Europa difundiu os conhecimentos do Egito para o restante do mundo antigo – e vice-versa.
Quando as relações da África com o mundo greco-romano se estreitaram, toda a região ao sul do Egito – incluindo a Núbia – acabou ganhando um nome próprio em grego.
Eles passaram a chamar aquela vasta e desconhecida área de Aethiopia, o “país dos rostos queimados”, uma referência à pele de quem nascia por lá, mais escura do que a dos egípcios.
Embora os faraós sigam vivos no imaginário do restante do mundo, eles já eram parte de um passado extremamente remoto quando os europeus direcionaram recursos – e armas – para colonizar o continente no século 19.
Após a queda de Roma, as terras do Egito atravessariam a Idade Média como parte de diferentes califados e sultanatos islâmicos, passando a integrar o Império Otomano em 1517.
O Egito que conhecemos hoje só veio à luz muito mais tarde, em 1922, após um período de ocupação britânica.