OPINIÃO
EXPRESSÕES RACISTAS PARA ABOLIR DO VOCABULÁRIO
Nosso vocabulário está cheio de expressões racistas. Para juntar-se à causa e aboli-lo, conheça algumas das expressões que devemos abolir do nosso vocabulário.
Utilizada como elogio, essa expressão está associada ao imaginário da mulher negra sensualizada. A ideia de pecado também é ainda mais negativa em uma sociedade pautada na religião, como a brasileira.
“Cor do pecado”
A fala racista se reflete na associação entre “preto” e uma situação desconfortável, desagradável, difícil ou perigosa. Está incluída entre outras inúmeras expressões, como humor negro e mercado negro.
“A coisa tá preta”
A ideia do branco como algo positivo é impregnada nessa expressão que reforça, ao mesmo tempo, a associação entre preto e comportamentos negativos.
“Inveja branca”
Sinônimo de difamar, a palavra possui na raiz o significado de “tornar negro” e é usada como algo maldoso e ofensivo, como se estivesse “manchando” uma reputação antes “limpa”.
“Denegrir”
Expressão normalmente usada para se referir pejorativamente ao cabelo afro. Pode-se usar apenas “cabelo cacheado” ou “cabelo afro” e retirar o tom pejorativo.
“Cabelo ruim” ou “Cabelo Duro”
Essa é uma expressão extremamente racista. Na época da escravidão, eram recorrentes assédios e agressões contra as mulheres negras. A frase se remete a essas mulheres, escravizadas, que no imaginário popular tudo podia se fazer.
“Não sou tuas negas”
Aqui vão algumas dicas para você colocar seu antirracismo em prática, não apenas polindo seu vocabulário. Segue a sequência.
Parar de falar termos racistas é suficiente?
- Entenda seu lugar de fala e reconhecer seus privilégios - Dê ouvido e reverbere as vozes de pessoas pretas - Confronte as injustiças sociais e raciais mesmo quando for desconfortável fazê-lo.
- Leia autoras e autores negros, intelectuais, acompanhe jornalistas, Youtubers, maquiadores, influenciadores negras e negros.
- Não convide pessoas negras para falar apenas de racismo. Existem outras pautas que somos capacitados para falar: economia, política, biossegurança etc.