O coletivo Alfabantu exibe neste sábado (10/4), às 20 horas, o segundo episódio da segunda temporada da websérie “Como Fazer?”, cujo foco é a primeira infância e aborda conteúdos relacionados à africanidade. Os vídeos têm até 30 minutos e ficam disponíveis no canal do Youtube e site http://www.alfabantu.com.br
“Nossa proposta é pautar a infância como etapa que possibilita às crianças construírem memórias afetivas e socioculturais importantes para sua formação, além de oferecer subsídios para pais, educadores e todos os interessados”, declara a escritora Odara Dèlé.
O segundo episódio conta com a participação de Priscila Obaci, que responde a uma pergunta importante aos pais: como inserir a consciência corporal desde a primeira infância? A atriz, dançarina, poeta e bacharel em Comunicação das Artes do Corpo, ela é uma das grandes referências no assunto de dança materna, que se tornou uma possibilidade de conexão entre o ventre e o mundo a partir desse templo sagrado chamado corpo.
“Como fazer para discutir diversidade sexual desde a primeira infância?” é o tema abordado por Elania Francisca, consultora em Sexualidade Infantojuvenil. Por fim, Jairo Pereira, cantor, compositor, ator e poeta, traz à tona o tema de paternidade preta, como inseri-la de forma mais saudável desde a primeira infância.
A primeira temporada foi lançada ainda no primeiro semestre, com seis episódios e convidados especiais, entre eles, Sidnei Barreto, Luciana Braga e Pedro Hartung, com temas como consumismo na infância e depressão precoce. O primeiro episódio da segunda temporada teve Karimá Serene, instrutora do coletivo Rekhet Yoga ao lado de FurahaImani. Na entrevista, ela explicou sobre os benefícios e importância da Yoga Kemetic, uma prática ancestral africana que trata de desequilíbrios internos como depressão, transtornos alimentares, enfraquecimento do sistema imunológico entre outros.
SOBRE A ALFABANTU
Criada em 2016, a Alfabantu é uma produtora de conteúdos determinada a discutir e refletir sobre a primeira infância voltada ao entretenimento, educação e cultura africana e afro-brasileira. Em 2017, ganhou notoriedade ao lançar um aplicativo que estimula crianças em processo de alfabetização por meio de jogos digitais ligados à língua falada kimbundu, apresentando jogos literais, inventário de vocabulários, ilustrações de pronúncias e palavras faladas no cotidiano com animações.
A educadora e escritora Odara Dèlé começou a Alfabantu para atender a demandas educacionais nas instituições periféricas da zona norte de São Paulo com olhares voltados para a transformação social. Iniciou pesquisas tendo como foco a cultura e a língua do povo bantu, especialmente o kimbundu.
As pesquisas promovidas pelo grupo buscam apreender e trazer à tona a importância dos conhecimentos africanos para se compreender e viver a negritude na sociedade brasileira urbana e contemporânea. Em função disso, o coletivo tem como proposta a religação com a cultura africana a partir dos povos bantu, proporcionando uma leitura real desse povo e de sua cultura como forma de reconhecer a presença africana em nossa realidade e, assim, podermos melhor compreender nossa própria identidade.

O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.