Em alusão ao mês da consciência negra, Fortaleza recebe diversas iniciativas espalhadas pela capital com o intuito de promover a conscientização antirracista e a igualdade racial desde o âmbito escolar, até as mais diversas instituições e organizações públicas e privadas. Acompanhe aqui o calendário das iniciativas, marque em sua agenda e programe-se para participar:
- I Jornada de Ações Negras (12 e 13 de novembro)
Inicia nesta segunda-feira, 12, a I Jornada de Ações Negras, ação auto-organizada de produção negra, e que em sua primeira edição homenageará a escritora Carolina Maria de Jesus, com o tema: “Carolina Maria de Jesus, das quebradas às universidades. Para não esquecermos de onde viemos. O Povo Negro (re)existe!”.
Na segunda, dia 12, às 14h, acontece a mesa de abertura com homenagem à Carolina Maria de Jesus na presença de diversos movimentos sociais e antirracistas, no auditório Rachel de Queiroz. Na ocasião, será debatida a importância da Lei 10639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação, com a prof. Sandra Petit, Prof. Henrique Cunha e Kim Lopes.
Na terça, dia 13, às 17:30hs na UECE Itapery, haverá uma mesa sobre Carolina Maria de Jesus e processos de invisibilidade, a qual contará com a participação de Cícero Catador, da Prof. Zelma Madeira e de uma estudante de História da UECE.
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- Antirracismo e a Lei 10.639: análise e perspectivas na formação de professores(as) (16 de novembro)
O encontro da CASa (Comunidade de Cooperação e Aprendizagem Significativa-UFC), projeto voltado à formação de docentes, discute em novembro o Antirracismo e 15 anos da lei n. 10.639: análise e
perspectivas na formação de professores(as). O encontro contará com a mediação do professor Dr. Eduardo Vinícius Mota e Silva. O professor Dr. Henrique Cunha Júnior e as professoras Ms. Arliene Stephanie Menezes Pereira e Cristiane Souza da Silva comporão a mesa de discussão do evento.
A lei que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da presença da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” entrou em vigor em 2003 e representa uma vitória para os movimentos sociais, em especial o Movimento Negro. O evento acontecerá na próxima sexta-feira 16 de novembro, às 14 h, no Auditório da Biblioteca Central do Campus do Pici.
- Africanidades em sala de aula (21 de novembro)
Dia 21 de novembro, a Fundação Demócrito Rocha e Editora Dummar promovem uma mesa-redonda para discutir os avanços e os desafios no ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nas escolas. O debate gira em torno da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação. O convite é aberto a professores e pesquisadores.
Em 15 anos, a população negra brasileira conheceu muitos avanços por meio de políticas afirmativas, no entanto, ainda há muito a fazer por parte da escola e da sociedade a fim de consolidar o reconhecimento da cultura negra para a formação da nossa sociedade.
Os debatedores do tema serão:
Franck Ribard – professor do Departamento de História da UFC
Maria Corrêa – coordenadora do projeto “A Cor da Cultura”, do Canal Futura
Marcos Vinícius – educador da rede estadual de ensino
Os participantes receberão certificado emitido pela Fundação Demócrito Rocha. Para realizar sua inscrição, preencha o formulário aqui.
- II Semana da Umbanda de Sobral (14 a 17 de novembro)
Realizada pelo Centro de Umbanda Macaia do Caboclo Pena Verde, a II Semana da Umbanda de Sobral acontece do dia 14 a 17 de novembro, na cidade de Sobral-CE. A semana responde ao tempo de intolerância crescente, e tem como objetivo tornar a Umbanda, religião essencialmente brasileira, conhecida em seus fundamentos, respeitada em sua prática e reconhecida em seu valor religioso e cultural.
A Umbanda nasce no Brasil em 15 de novembro de 1908, dentro de uma Casa Espírita. Através do médium Zélio Fernandino de Morais, em Niterói, Rio de Janeiro, o Espírito das Sete Encruzilhadas, anuncia a chegada de um novo tempo. E nasce a Umbanda, cultuando de maneira própria pretos e índios.
Em pouco tempo espalha-se pelo Brasil e chega a Sobral, onde exerce grande influência na formação cultural do nosso povo em um processo sincrético que se desenvolve em meio à hegemonia do catolicismo. Herdamos traços do catolicismo, do espiritismo e do candomblé, mas foi gerada em nós “um rosto próprio”, uma identidade. Não se sabe exatamente quantos Terreiros de Umbanda existem em nossa cidade, mas, sabe-se que o número de Casas de Umbanda é bem maior do que se possa imaginar.
A cara negra do IFCE – Exposição Fotográfica (19 a 23 de novembro)
A exposição, idealizada pelo NEABI (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas), acontece no fim de novembro e reúne trabalhos artísticos de fotógrafas(os) que retratam corpos negros e tangenciam a temática da identidade racial, circunscritos aqui no Ceará. Durante a exposição, haverá também a apresentação de danças africanas, rodas de conversa, coral de canto popular do IFCE, performances e muito mais.
O evento acontece no pátio central do IFCE Fortaleza entre os dias 19 e 23 de novembro.
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Publicitária cearense. Canceriana. Doutora e mestre em Psicologia. Amante da docência. Integrante do Grupo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Psicologia Social Crítica (Paralaxe-UFC). Defendeu em sua tese de doutorado um estudo sobre mulheres em transição capilar. Atualmente, dedicada aos estudos de gênero, raça, feminismos negros e decolonialidade.
Louca por fotografia, design, viajar e colecionar carimbos no passaporte. Uma pessoa extremamente curiosa.