O 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo está com inscrições abertas até o próximo sábado (24/10). Criado pela agência Alma Preta, a iniciativa avisa reconhecer trabalhos de profissionais de mídia não brancos e trans, dando destaque às produções de repórteres preteridos nos concursos convencionais.
Cada repórter negro, negra, trans e não branco/a pode inscrever até uma reportagem, publicada em qualquer data de 2020 e em qualquer veículo de comunicação. As reportagens inscritas não podem ter sido produzidas apenas por pessoas brancas cisgênero. Pessoas brancas que eventualmente assinam reportagens indicadas junto com repórteres negros não serão homenageadas.
“Grandes prêmios de jornalismo brasileiro continuam premiando, em sua ampla maioria, brancos cisgênero, e moradores de centros expandidos que tiveram, na maior parte das vezes, condições de se dedicar a aprender a fazer jornalismo com tranquilidade. Um retrato da sociedade. Do lado de cá, a história sempre foi outra. Negros, negras, pessoas trans e não brancas sempre tiveram tudo contra. E, mesmo assim, com todas as dificuldades, temos jornalismo profissional, de qualidade, feito pelos nossos”, destacam os organizadores.
Todos os inscritos serão considerados vencedores e, consequentemente, homenageados na noite de 25 de outubro de 2020.
- Serão aceitas inscrições até às 18h do dia 24 de outubro de 2020 (sábado)
- As reportagens devem ter sido publicadas entre dezembro de 2019 e 24 de outubro de 2020
- Inscreva apenas uma reportagem de sua autoria ou coautoria
- Não é permitida a inscrição de trabalhos que tenham sido feitos apenas por pessoas brancas
- Podem ser inscritas reportagens em texto, vídeo, áudio e imagem
Formulário de inscrição: clique aqui.
QUEM É NEUSA?
Neusa Maria Pereira, de 65 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Nos anos de chumbo da ditadura militar, com outros militantes, organizou um protesto contra violência policial contra a população negra. Foi a primeira mulher negra a publicar um texto sobre feminismo negro em um jornal brasileiro.
Jornalista. Alma de cronista, coração de poeta. Tem experiência em Assessoria de Comunicação. Apaixonado por futebol, boas histórias e fim de tarde.