A gente já falou dele aqui. Em dezembro do ano passado, nossa criola Tati Lima elencou o álbum Bluesman, do baiano Baco Exu do Blues, como um dos melhores discos lançados em 2018. Aos 23 anos, o cara faz história com um cd espetacular que agora é também reconhecido internacionalmente.
Baco venceu nada menos que o Grand Prix do festival Cannes Lions, um dos mais importantes do mercado publicitário. E venceu duas figurinhas do mercado fonográfico. Botou Beyoncé e Jay-Z no bolso na categoria Entertainment for Music com o curta-metragem do seu disco epônimo.
O curta foi dirigido por Douglas Ratzlaff, tem elenco integralmente negro, discurso negro e é baseado num estilo musical também negro (o rap). O filme foi lançado em novembro do ano passado, tem pouco mais de oito minutos e já foi assistido no YouTube por mais de 1,6 milhão de vezes.
Ironia ou não, Baco canta em uma das músicas do Bluesman que quer ser Jay-Z e tem sonhos eróticos com Beyoncé. “A primeira coisa que pensei quando soube da notícia foi sobre a importância disso para o rap nacional. Ver o rap brasileiro chegando, disputando com o rap estrangeiro e ganhando espaço entre eles é muito impactante”, sintetiza Baco.
Jornalista por formação. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, atua como repórter e editor. É também escritor e foi finalista do Prêmio Jabuti 2020 com o livro de estreia, escrito em homenagem à mãe. É especialista em Comunicação e Jornalismo Político e em Escrita Literária. Tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais e atualmente é aluno da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Mestrado em Antropologia.
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