Baseada no romance de “Noughts & Crosses”, da escritora britânica Malorie Blackman, a série “A cor do poder” está em exibição na Globo e tem gerado polêmicas por conta da proposta distópica que oferece ao público.
A produção conta a história do casal Sephy (Masali Baduza) e Callum (Jack Rowan), amigos de infância que se apaixonam ao se tornarem adultos, mesmo com a divisão racial que os separam em mundos diferentes. Ela é negra; ele, branco.

O cenário da trama é uma Inglaterra distinta da realidade. Em movimento inverso, a região foi invadida e colonizada por reis africanos negros que escravizaram os brancos. Como consequência, brancos são oprimidos por negros, apesar de já estarem libertos anos depois da escravidão.
“A cor do poder” é exibida todas as noites após a novela “A força do querer” e está gerando incômodo nos movimentos negros por, segundo pesquisadores, reforçar o mito do racismo reverso (quando uma pessoa negra pratica algo contra uma pessoa branca). Além disso, há a crítica de a série não suscitar qualquer discussão minimamente aprofundada sobre relações étnico-raciais.

Malorie Blackman, autora do livro que inspirou a superprodução britânica, é uma mulher negra já conhecida no mercado editorial daquele país. Por isso, muita expectativa foi criada em torno da série. Até o momento, no entanto…
E você, já assistiu? O que acha de “A cor do poder”?

Estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, foi repórter no Grupo de Comunicação O Povo. Comentarista do programa Último Tempo, na webrádio Cruzamento da turma da UFC de 2017.2. É formada em balé clássico pela Escola de Ballet Janne Ruth. Gosta de ficção científica, um bom romance clichê e é apaixonada por futebol, super-heróis e arte.