Cresceram em 10.632% as menções à tag #VidasNegrasImportam nas redes sociais até a última sexta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, em comparação com a semana anterior ao assassinato de João Alberto Freitas, de 40 anos, em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.
Feito pela Zygon, empresa especializada em mídias digitais, o levantamento mostra o quanto a morte do cidadão negro foi associada a um movimento que só ganha força em escala planetária desde o começo do ano, quando o George Floyd também foi morto.
Mais de 906 mil citações foram analisadas. Desse total, 37% citavam de forma expressa o Carrefour, enquanto 9,2% continham o nome “João Alberto”. Já a tag #VidasNegrasImportam estava em cerca de 7,3% das postagens sobre o caso.
Uma associação entre João Alberto e George Floyd também foi naturalmente feita, já que ambos são homens negros e foram assassinados por sufocamento. No caso brasileiro, 35% dos posts falavam abertamente em caso de racismo.
Tanto a morte de Alberto quanto a de Floyd geraram protestos no Brasil. O Carrefour, inclusive, chegou a anunciar medidas antirracistas, algumas até de cunho financeiro, mas que ainda não tiveram efeito imediato na conversão do prejuízo à imagem da empresa nas redes.
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