POR PAULO GONÇALVES*
O desejo para empreender pode despertar em qualquer idade, porém, nos jovens, tem aflorado mais cedo. A cada dez pessoas, quatro estão envolvidas na criação de uma organização. Isto significa que a taxa de empreendedores no país é a maior dos últimos 14 anos. Com a crise econômica que o país vem enfrentando, o empreendedorismo é uma das alternativas encontradas para escapar das dificuldades. É um dos principais caminhos que movem o desenvolvimento econômico transformando ideias em oportunidades de negócio.
Os jovens sonham em ter seu próprio negócio. No Brasil, isso significou um aumento na taxa de empreendedores, merecendo destaque para jovens de 18 a 34 anos. A crise aumenta as dificuldades para gerir os negócios. Diante disso, podemos citar as dificuldades que empreendedores de 18 a 34 anos encontram na gestão das organizações.
Constatamos que a principal é o planejamento e várias são as ferramentas e indicadores utilizados, variando conforme a necessidade. Porém, a pouca utilização da ferramenta “previsão de demanda” pode trazer certos riscos para as empresas, uma vez que os empreendedores dão prioridades às tarefas mais urgentes, não realizando o planejamento e fazendo da forma que melhor “encaixar” em cada momento.
Qual o papel da educação empreendedora nesta situação?
A educação empreendedora impulsiona a criatividade, a proatividade, a visão inovadora e a autonomia dos jovens. Isso permite que, posteriormente, ao ingressarem no mercado de trabalho, criarem negócios e soluções inovadoras, eles agreguem valor para a sociedade.
O desenvolvimento da educação empreendedora gera diferentes vantagens para os jovens e podemos citar algumas delas:
– Criatividade estimulada: a proposta é a de que eles busquem soluções e enxerguem como oportunidade aquilo que, à primeira vista, parece problema.
– Desenvolve a autonomia: autonomia é uma competência que destaca bons empreendedores. Quantos jovens deixam de tirar uma ideia do papel por medo de não conseguirem comandar um negócio?
– Aprimora as soft-skills: mais do que conhecimento técnico, o empreendedorismo requer habilidades comportamentais.
– Criação de cultura empreendedora: esse tipo de educação fomenta a criação de uma cultura empreendedora e, quanto mais empreendedorismo e inovação, mais benefícios são gerados para a economia e a sociedade.
– Gera oportunidades: pensar fora da caixa cria oportunidades, garante justiça social, fomenta confiança e estimula a economia.
Mas nunca se esqueça: o primeiro passo para o sucesso é o conhecimento.
*Paulo Gonçalves é diretor de operações da Fundação Instituto de Negócios e Afroempreendedorismo (Funafro), também atua como gestor de negócios e especialista em mapeamento e modelagem de processos de negócios em empresas de pequeno, médio e grande porte, entre outros.
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