Autor: Tatiana Lima

Publicitária. Movida por decibéis, apegada ao escurinho do cinema e trilha o aprendizado de ser uma mulher preta. Trabalhou em agências de Fortaleza e Salvador ao longo de 10 anos. Hoje responde pela Mídia na Set Comunicação, house da Educadora 7 de Setembro.

A festa de 50 anos da, até então, diretora da revista Vogue Brasil foi amplamente criticada nesta semana. E com razão. A reprodução do período doloroso até hoje no povo preto não pode mesmo ser decoração para se comemorar nada. Releituras de sinhá e senhores de engenho, mucamas, a servidão do negro para com o branco. Mesmo sabendo o que a branquitude é e do que é capaz, é quase impossível ver uma cena dessas nos dias de hoje e não pensar: o que se passa na cabeça dessa gente? Como fazem uma festa dessas? Mas tem me revirado o…

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O ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguéz defendeu essa semana a reforma do Ensino Médio chancelada no governo Temer e a permanência do ensino técnico como um dos principais pilares do setor. Ele acredita que o retorno financeiro dos cursos técnicos é maior e mais rápido se comparado à graduação. A ideia de universidade para todos não existe. As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual… Ao que parece, repórter algum se deu ao trabalho de questionar o ministro a qual elite ele se referia. Mas, levando em consideração o conceito difundido no Brasil, sabemos que se trata da…

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O primeiro Oscar foi entregue em 1929. Apenas 11 anos depois, tivemos a primeira indicação de uma pessoa negra ao prêmio. Hattie McDaniel levou a estatueta de melhor atriz coadjuvante por seu papel Mammy, a empregada de “…E o Vento Levou” em 1940. “Eu vou segurá-lo [o Oscar] como um farol para tudo o que eu fizer no futuro. E eu espero, sinceramente, que eu seja sempre um crédito para a minha raça e à indústria cinematográfica” (Hattie McDaniel) Passaram-se 24 anos até o segundo “Oscar preto”. Sidney Poitier foi o primeiro homem negro a ganhar o prêmio como melhor…

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“— É pena você ser preta. Esquecendo-se êles que eu adoro a minha pele negra, e o meu cabelo rustico. Eu até acho o cabelo de negro mais iducado do que o cabelo de branco. Porque o cabelo de preto onde põe, fica. É obediente. E o cabelo de branco, é só dar um movimento na cabeça êle já sai do lugar. É indisciplinado. Se é que existe reincarnações, eu quero voltar sempre preta”. Um amigo que lia Quarto de Despejo enviou esse trecho dizendo ter lembrado de mim. Fiquei extremamente honrada e emocionada. Eu já sabia da existência de…

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Uma das coisas que mais tenho percebido nesse caminho de desconstrução da criação racista na qual somos moldados é como nosso consumo é manipulado para ser branco. Como não seria? Desde a bibliografia usada nas escolas e universidades, passando pela História oficial, pelos mercados literário e fonográfico – para ficar em apenas alguns exemplos – o protagonismo é branco. Quantos discos nacionais você ouviu esse ano? Quantos eram de artistas negros? Trouxemos 20 pretinhosidades (alô, Mart’nália!) lançadas em 2018 para te dar esse help na descolonização e desembranquecimento do gosto musical. Tem opções, se não para todos, para muitos ouvidos…

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Sociedade Nagô – O Resgate é um aplicativo gamificado sobre a Revolta dos Malês. Alternando jogo virtual e tarefas no mundo real, o game traz a curiosa Ísis, um avatar feminino que é guiada por sua enigmática avó Nena, na busca por desvendar esse pedaço da história baiana. A neta vai ao passado e fala com figuras emblemáticas como Ahuna, Calafate e Emerenciana, personagens fundamentais da história real. Este é o terceiro jogo da Strike Games. O foco do Sociedade Nagô – O Início e Sociedade Nagô – O Resgate é trazer o conteúdo histórico do levante de forma mais aprofundada com…

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