Se vivo, o senegalês Cheikh Anta Diop completaria 100 anos nesta sexta-feira (29/12). Em homenagem à data, a editora Ananse anunciou a chegada ao Brasil de uma obra do historiador ainda não publicada por aqui. “A unidade cultural da África Negra: Esferas do patriarcado e do matriarcado na Antiguidade Clássica” já está disponível para pré-venda e as primeiras remessas já começaram a ser enviadas aos leitores.
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Em 238 páginas, o livro “explora os contrastes entre as bases culturais do sul e do norte da África, enfatizando a robustez das estruturas sociais africanas em comparação com as ocidentais. Com um olhar otimista, ele vislumbra um futuro onde o conhecimento científico africano ocupa uma posição central na criação de um mundo harmonioso e sustentável.”
Ainda segundo a editora, “Diop propõe uma narrativa que vai além de visões negativas, adotando um paradigma de progresso humano que valoriza as tradições culturais africanas”. Por isso, a Ananse afirma que a obra “é um convite à reflexão intelectual, encorajando os leitores a reconsiderarem suas noções sobre o passado e o futuro, ao mesmo tempo em que reconhece a significativa contribuição da África para o desenvolvimento cultural e científico mundial.”
QUEM FOI DIOP?
Cheikh Anta Diop nasceu em Diourbel, no Senegal, em 29 de dezembro de 1923. Foi um historiador, antropólogo, físico e político que estudou as origens da raça humana e as culturas africanas pré-coloniais. Tornou-se doutor em 1960 defendendo na Universidade de Paris que o Egito era uma cultura negra. Foi tão influente que passou a ser chamado de “o último faraó” pelos estudiosos. Hoje, a universidade da capital senegalesa leva o nome de Diop. Ele morreu aos 62 anos, em 1986, em Dakar.
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