O Estação Livre desta sexta-feira (23/7) é dedicado ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25/7. Na edição, rodas de conversa com mulheres negras que marcam presença na televisão, o papel das mulheres na política, um bate-papo com a primeira mulher trans do Brasil a conseguir mudar de gênero sem passar por avaliação médica e um panorama histórico sobre o dia. Apresentado por Cris Guterres, o programa vai ao ar inédito, às 22 horas, na TV Cultura.
No estúdio, Cris Guterres recebe Eliane Dias, empresária dos Racionais MCs, e Maria Sylvia Oliveira, coordenadora de políticas de promoção de igualdade de gênero e raça do Geledés. Sobre o momento atual, Eliane afirma: “É muito difícil ainda. Tem um retrocesso aí de anos, que a gente tá sofrendo no momento. É lamentável, é triste esse momento. Mas a gente não pode perder o que a gente conquistou e a gente tem que seguir lutando para ter mais conquistas.”
O Estação Livre exibe um bate-papo com Adriana Couto, apresentadora do Metrópolis, Flávia dos Prazeres, apresentadora do Café Filosófico, e Maria Amélia Rocha, que teve passagens pelo Metrópolis e Manos e Minas. Elas contam sobre a experiência de ser mulher negra na televisão e Adriana destaca: “Cada mulher negra que vai entrando na televisão, na TV Cultura principalmente, elas de alguma forma me libertam.”
Joyce Ribeiro, âncora do Jornal da Tarde, e Cinthya Rachel, que marcou época como atriz do Castelo Rá-Tim-Bum e apresentadora do RG, também entram na conversa. “Quando eu comecei, eu não tinha muita referência, mas eu era muito pequena pra entender isso. Então eu via apresentadoras infantis e eu achava que eu não podia ser apresentadora porque eu não tinha o cabelo loiro”, conta Cinthya.
No âmbito político, a reportagem do programa conversa com parlamentares que fazem a diferença. São elas: Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco, Joenia Wapichana, deputada federal, Major Denice, superintendente da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, e as vereadoras Carol Dartora e Erika Hilton. O programa também fala com Neon Cunha, primeira mulher trans brasileira a conseguir mudar de gênero sem passar por avaliação médica e que hoje empresta seu nome à casa Neon Cunha, que acolhe a população trans na região do ABC.
A edição ainda destaca um trecho do programa Panorama, apresentado pela modelo e atriz Aizita Nascimento, primeira mulher negra a apresentar um programa na TV Cultura. E, para finalizar, traz advogada Cláudia Luna, que faz um panorama histórico sobre o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.