Uma petição on-line está colhendo assinaturas para pressionar o poder público a elucidar o assassinato do menino João Pedro, ocorrido no último dia 18 de maio durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ele tinha apenas 14 anos e foi atingido por um tiro nas costas, segundo laudo da Polícia do Rio de Janeiro. Brincava com amigos dentro de casa quando o local foi alvejado pela PM.
Intitulada “Justice for João Pedro”, a mobilização tem meta de colher um milhão de assinaturas. Até a noite deste domingo (31/5), mais de 630 mil pessoas constam na petição, dentre elas celebridades como a ex-BBB Rafa Kalimann e a atriz e produtora norte-americana Viola Davis.
Viola, inclusive, divulgou hoje a campanha na sua conta pessoal do Twitter com a tag #BlackLivesMatter (“vidas negras importam”, na tradução literal para o português). Em pouco mais de quatro horas no ar, a postagem já somava mais de 124 mil curtidas e 43 mil compartilhamentos.
O apoio da atriz acontece num dia histórico de protestos em todo o mundo pelo fim da violência policial contra pessoas negras, exatamente o que aconteceu com o garoto brasileiro e o que resultou na morte do ex-segurança norte-americano negro George Floyd durante uma abordagem no meio da rua feita por um guarda branco.
O movimento negro tem reivindicado que todas as pessoas antirracistas, sejam elas negras ou não, participem dos protestos como forma de dar cada vez mais respaldo popular aos atos.
Episódios violentos já aconteceram em diversas cidades dos Estados Unidos e hoje milhares de pessoas tomaram as ruas de São Paulo e Rio de Janeiro num movimento antifascista. Diversas outras manifestações estão sendo estruturadas noutras cidades.
Assine a petição Justice For João Pedro: Clique aqui.
No último dia 19 de maio, o Ceará Criolo publicou artigo sobre o caso do garoto carioca. Confira “Um menino do Rio chamado João Pedro e a culpa de quem silencia à barbárie.”
Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.