Vencedora do BBB 20, Thelma Assis, a Thelminha, lançou livro de estreia, Querer, poder, vencer, que chega às lojas pela Editora Planeta com prefácios de Taís Araújo e Manoel Soares.
A médica e apresentadora compartilha com os leitores um relato íntimo e honesto sobre alguns dos principais episódios de sua trajetória. “A minha existência é uma resistência. Tudo o que eu vivi como mulher negra são experiências com que as pessoas podem se identificar. Ou, na verdade, com que já se identificaram”, afirma ela na obra.
Criada no Limão, bairro da Zona Norte de São Paulo, Thelma relata detalhes da infância, da relação com os avós e com os pais, além de temas como representatividade, os estudos em Medicina e a fama, decorrente do BBB.
“Mais uma vez, eu havia conseguido me destacar em um espaço no qual desde o princípio não havia muitas pessoas como eu. Assim como eu não me enxergava nos meus colegas da escola particular, do balé, da faculdade, da residência de Medicina e dos hospitais onde trabalhei, ali também prevalecia a diferença; ali também eu era o corpo estranho. A única mulher negra retinta entre os 20 participantes da edição, de origem pobre, médica, passista de escola de samba e, a partir daquele momento, campeã do reality show mais disputado do Brasil.”
No livro, Thelma relata também como descobriu que era filha adotiva, como surgiu o desejo de ser médica e o que significou para ela passar por uma transição capilar aos 30 anos. “Mais do que uma mudança no cabelo, foi um processo de libertação que me fez assumir quem eu era e me orgulhar da minha história”, conta.
Querer, poder, vencer traz uma história de luta, de persistência, de coragem e de como os caminhos são mais tortuosos dependendo de quem você é e de onde veio. “Quem acredita em meritocracia, olha para a minha história e diz: ‘Tá vendo? Se ela conseguiu, todo mundo consegue’, mas, em uma sociedade estruturalmente racista, a regra não é essa.”

Para comprar, clique aqui.

O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.