A despeito de uma pandemia que transformou a fórceps o jeito como o mundo se enxerga e deixou marcas dolorosas em todos nós, 2020 foi um ano bom para o Ceará Criolo. O portal apresentou crescimento tanto em número de usuários quanto em visualizações de páginas.
De janeiro a novembro, a quantidade de usuários cresceu 3.011%. Saltou de 611 no começo do ano para 19.009 agora. Somente no último bimestre (de outubro para novembro, portanto), a variação foi de 162% – saindo de 7.234 para 19.009.
Enquanto isso, o número de páginas visualizadas aumentou 2.305% de janeiro (1.097) para novembro (26.389). Quando o recorte é apenas o período de outubro/novembro, o crescimento foi de 25% (de 21.096 para 26.389).
A curva ascendente começou em maio, quando o Ceará Criolo implementou uma nova dinâmica de produção de conteúdo tanto para o portal quanto para a presença nas principais redes sociais.
“O Ceará Criolo existe há pouco mais de dois anos. Começou como um espaço onde cinco amigos publicavam impressões de mundo e foi se profissionalizando, ganhando corpo e expandindo possibilidades. Hoje, nós temos um time de peso de colunistas negros e negras, repórteres acompanhando as principais discussões da negritude e uma rotina de atualização diária de todas as plataformas. É uma equipe reduzida, mas aguerrida. Esse crescimento é resultado de muito trabalho, planejamento, pesquisa e debate em torno de uma causa mais do que necessária, urgente. Novos produtos vão nascer e a gente vai se reinventar sempre que for preciso”, afirma um dos fundadores e editor de conteúdo do portal, jornalista Bruno de Castro.
A constatação de um desempenho tão positivo coincide com um novo momento do Ceará Criolo. O portal integra agora uma rede nacional de produtores de conteúdos negros em busca de conquista de espaço no mercado publicitário. Trata-se de uma mobilização encabeçada pela agência Alma Preta Jornalismo que visa amplificar o trabalho de jornalistas, influencers, blogueiros e outros profissionais negros da comunicação.
“A gente entende que antirracismo é uma prática coletiva também, além do que cada um pode e deve fazer individualmente. Estamos somando forças com outros produtores de conteúdo negros de todo o Brasil para promovermos em cada vez mais espaços a nossa agenda, a agenda do povo negro. Estamos crescendo e vamos trabalhar para avançarmos ainda mais”, afirma uma das fundadoras e designer/programadora do Ceará Criolo, publicitária Jéssica Carneiro.
Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia são os cinco estados nos quais o Ceará Criolo é mais acessado e compartilhado. Destacam-se aí as capitais. Nordeste e Sudeste mais demandam produção, mas todas as demais regiões registram visitas diárias às plataformas.
“O alcance tem impressionado e a gente está muito feliz com o resultado. Mas, antes de tudo, esse aumento tem sido uma energia enorme pra gente continuar. Porque trabalhar na esfera do enfrentamento a uma narrativa já posta é algo que demanda muito tempo e esforço. Não é um diálogo simples. É um embate. E nós temos aprendido muito nesse processo”, complementa o também fundador e editor de conteúdo do portal, jornalista Rafael Ayala.
Desde 23 de outubro de 2018, quando estreou, o Ceará Criolo já ganhou três prêmios: 1) foi eleito o melhor produto de comunicação para promoção da igualdade racial do Ceará um mês após ir ao ar, pelo Sindicato dos Jornalistas; 2) venceu o 1º Prêmio MPCE de Jornalismo em 2019 pelo especial Vidas Negras Importam; 3) ganhou o 1º Prêmio Maria Neusa de Jornalismo em 2020 com reportagem especial sobre mudança de raça dos candidatos nas eleições deste ano.
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O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.
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