O coletivo Ceará Criolo participou na quarta-feira (27) de um debate com estudantes do 4º semestre do curso de Jornalismo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio de Janeiro. O portal foi apresentado como exemplo de comunicação contra-hegemônica tendo em vista o trabalho desenvolvido na promoção da igualdade racial.
Por meio de materiais publicados no portal, o bate-papo perpassou questões como identidade, ancestralidade, História do Brasil, cultura e racismo.
“Na disciplina Jornalismo, Sociedade e Cidadania discutimos como o jornalismo pode contribuir para a garantia de direitos. A partir daí, analisamos ações de comunicação que vão na contramão do que está posto na ‘grande mídia’ . Trazer o Ceará Criolo para sala de aula é respeitar o lugar de fala de comunicadores negros que desenvolvem um trabalho que dá o devido espaço e tratamento para a população negra, o que não vemos habitualmente nos veículos de comunicação”, ressalta a professora Mônica Mourão.
Para a publicitária Tatiana Lima, representante do Ceará Criolo na ocasião, o encontro foi uma oportunidade para provocar os alunos a pensarem “fora da caixa” enquanto futuros profissionais e cidadãos.
“Extrapolar as fronteiras geográficas do estado é uma alegria e uma grande responsabilidade, mas esse é o nosso papel. A luta antirracista precisa do engajamento de todos”, destacou a publicitária.
Publicitária. Movida por decibéis, apegada ao escurinho do cinema e trilha o aprendizado de ser uma mulher preta. Trabalhou em agências de Fortaleza e Salvador ao longo de 10 anos. Hoje responde pela Mídia na Set Comunicação, house da Educadora 7 de Setembro.