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Home»Ancestralidade»Dandara dos Palmares: marca feminina na luta pela liberdade
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Ancestralidade

Dandara dos Palmares: marca feminina na luta pela liberdade

Rayana VasconcelosBy Rayana Vasconcelos24 de Novembro, 2018Updated:29 de Novembro, 20181 comentário6 Mins Read
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A história da abolição – que alguns se espantam em saber que data apenas 130 anos – possui ainda muitas brechas que não podem ser preenchidas pelos registros e documentos da “História oficial”. Se há uma reivindicação por parte do movimento e da população negra em reconhecer seu protagonismo na tão almejada conquista da abolição, as mulheres pretas que encabeçaram muitas insurreições, por outro lado, permanecem à espreita da história.

Entre o fim do século 16 e o início do século 17, surge na Serra da Barriga, situada na então Capitania de Pernambuco, onde hoje é o estado de Alagoas, o Quilombo dos Palmares, território ocupado por homens e mulheres negros fugidos de diversos engenhos de açúcar do Nordeste. Com organização independente e políticas próprias, numa região do tamanho de Portugal, que se estendia desde o Rio São Francisco até o cabo de Santo Agostinho, o Quilombo dos Palmares reuniu onze mocambos e uma população de cerca de trinta mil pessoas, sendo o maior Quilombo das Américas.

Palmares desponta na historiografia brasileira, até hoje, como um dos mais importantes símbolos da resistência negra durante o processo abolicionista, que transicionou no país até 1888, culminando na Lei Áurea.

Acredita-se que Dandara chegou a Palmares ainda criança e foi umas das principais figuras femininas do exército negro que resistiu ao sistema escravista durante mais de cem anos. Ela dominava técnicas da capoeira, caça e agricultura, além de participar da elaboração das estratégias de defesa e ataque do quilombo, ao lado de seu marido, Zumbi dos Palmares.

Os ataques da coroa portuguesa a Palmares teriam se tornado mais frequentes a partir de 1630, durante a invasão holandesa no Brasil. Em 1678, Ganga-Zumba, o primeiro líder de Palmares e tio de Zumbi, foi a Recife negociar um acordo de paz proposto pelo governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que prometia a alforria dos descendentes de palmarinos e a preservação do quilombo em troca da delação de novos escravizados fugidos que tentassem refúgio naquelas terras. Dandara e Zumbi foram contrários à proposta, que dividiu opiniões na comunidade e fez com que a liderança do Quilombo passasse a ser exercida pelo seu parceiro.

No início de 1694, após diversos ataques sem êxito, uma expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho abriu fogo contra a fortaleza de Macaco (nome do principal mocambo Palmarino, uma espécie de capital de Palmares), capturando e matando um grande número de quilombolas. Diante da possibilidade de ser presa e entregue às forças militares que subjugaram o quilombo, Dandara se jogou de uma pedreira, em fevereiro de 1694. Seu ato de coragem revela a intrepidez com que lutava por sua causa, rendendo-se à morte em nome de um ideal. Zumbi escapou com vida, sendo morto em 20 de novembro de 1695.

Dandara e o protagonismo feminino na abolição

Apesar da falta de informações e insuficientes registros históricos sobre a biografia de personagens femininos tão importantes quanto Dandara dos Palmares na História do Brasil, sua trajetória nos inspira e nos leva a pensar sobre a força das mulheres negras nas transformações do mundo, no passado, no presente e no futuro.

Segundo a antropóloga Maria de Lourdes Siqueira, professora aposentada da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em entrevista cedida ao portal O Globo,

“Dandara é a mais representativa liderança feminina na República de Palmares. Participou de todas as batalhas, de todas as lutas, de tudo que lá foi criado, organizado, vivido e sofrido. Sabe-se pouco sobre as suas origens: onde nasceu, de onde veio. Alguma literatura diz que ela tinha ascendência na nação africana de Jeje Mahin”.

A pesquisadora acrescenta que “não se conhece a imagem de Dandara mas, pelo seu talento demonstrado, ela é uma mulher forte, bela, guerreira, persuasiva, líder, e obstinada por liberdade. Dandara contribuiu com toda a construção da sociedade de Palmares, e para sua organização socioeconômica, política, familiar.”

Sua ausência nos registros históricos põe até mesmo em dúvida a existência de Dandara, transformando-a em uma espécie de lenda, de acordo com os estudos do pesquisador Nei Lopes, em sua obra “Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana”. Este caráter mítico que ganham Dandara e muitas outras protagonistas negras, como Maria Firmina dos Reis e Luiza Mahin, ex-escrava abolicionista conhecida apenas como a mãe de Luís Gama, revela o sintoma de uma sociedade sexista, além de racista.

Entendida como um ser apolítico e ainda inferiorizado por sua raça, a mulher preta sofre, ao longo do percurso civilizatório, um duplo processo de opressão e exclusão. Além de superarem o racismo introjetado no DNA brasileiro sob o mito da democracia racial, negras como Dandara precisavam (e ainda precisam!) resistir à estrutura patriarcal e machista, que tem por objetivo destituir as mulheres de seu papel político.

Esta combinação de silenciamento e invisibilização a que são acometidas as mulheres negras pode ser testemunhado não apenas na historiografia abolicionista, mas em diversos outros campos sociais, culturais, profissionais, entre outros. Entendendo este ponto como um problema a ser sanado, a escritora blogueira Jarid Arraes resolveu resgatar a história de Dandara e de outras protagonistas negras apagadas na biografia brasileira e publicá-las em duas obras: As lendas de Dandara e Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis. Na primeira obra, a escritora mistura ficção e história para narrar dez contos sobre Dandara; já na segunda, a caririense conta mais histórias de líderes quilombolas e de batalhas no período da escravidão. Segundo Arraes,

“Essas mulheres são heroínas, de fato, e sobreviveram a muitas tentativas de apagamento e assassinato não só dos seus corpos, mas do legado que construíram”.

A coletânea traz narrativas bem distintas entre si, com o objetivo de tornar claro que as mulheres negras têm trajetórias tão diversas quanto a de seus correligionários. Entre as histórias, há mulheres de vários Estados brasileiros e de  diferentes épocas, inclusive contemporâneas. “Nossa prioridade era mostrar a diversidade entre elas, entre líderes quilombolas, líderes de revoltas e batalhas, escritoras e também a primeira deputada negra do país”, conta a escritora.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dandara

https://www.academia.edu/19892310/Material_Did%C3%A1tico_O_Quilombo_dos_Palmares

http://www.palmares.gov.br/?p=33387

http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/quilombo-dos-palmares-e-palco-de-reflexao-e-festa-no-20-de-novembro/10883

http://www.diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/a-grande-influencia-de-dandara-dos-palmares-1.2005843

http://anaisdosead.com.br/8SEAD/POSTERES/POSTER%20E4_CCosta.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=zHFfLuUD8Dw

Artistas recontam a história da escravidão e abolição: https://noticias.band.uol.com.br/noticias/100000858050/jovens-artistas-recontam-a-historia-da-escravidao-e-da-abolicao.html

Apagadas da história, heroínas negras se tornam protagonistas em coletânea de cordéis: https://revistacult.uol.com.br/home/heroinas-negras-se-tornam-protagonistas-em-coletanea-de-cordeis/

O livro que conta a história do Brasil pela trajetória de mulheres extraordinárias: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/24/O-livro-que-conta-a-hist%C3%B3ria-do-Brasil-pela-trajet%C3%B3ria-de-mulheres-extraordin%C3%A1rias

Rayana Vasconcelos
Rayana Vasconcelos

Na Astrologia acadêmica, é Comunicação Social com ascendente em Publicidade em Propaganda. Lua em Design Gráfico (sol também). Trocadilhos à parte, busca refazer (desfazendo) os caminhos da diáspora negra através dos mares profundos dos afrossaberes.

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