Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de São Paulo, foi a primeira brasileira a receber nesse domingo (17/1) dose da vacina Coronavac. Enfermeira do hospital Emílio Ribas, ela está há oito meses na linha de frente do combate ao novo coronavírus (Covid-19).
Obesa, hipertensa e diabética, Mônica tem comorbidades que a colocam no grupo de risco à doença e como prioritária à imunização. O uso emergencial da vacina foi aprovado por unanimidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além da Coronavac, o uso emergencial da vacina de Oxford foi acatado.
Em maio do ano passado, no auge da primeira onda da doença, Mônica se inscreveu para vagas de Contrato por Tempo Determinado (CTD), escolhendo trabalhar no Emílio Ribas, no epicentro do combate à pandemia.
Quando começaram os testes clínicos da Coronavac pelo Instituto Butantan, ela também se voluntariou para os testes. No começo deste ano, revelou já ter tomado duas doses e que não teve nenhum tipo de reação. “Sou monitorada periodicamente. Além disso, há um canal do WhatsApp pelo qual entram em contato semanal comigo”, explicou.
Os profissionais que participaram da fase três dos testes clínicos e receberam placebo serão avisados nos próximos dias, e deve ocorrer um mutirão para vaciná-los.
Antes de fazer faculdade de Enfermagem, Mônica atuou como auxiliar da área por 26 anos. O diploma foi obtido aos 47. “Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse ela.
Com informações do Estadão
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