Em dois dias de uma programação marcada pela presença massiva de artistas negros e negras de diversos gêneros musicais e regiões do Brasil, a 25ª edição do festival Música Alimento da Alma (Mada) reuniu 32 mil pessoas na Arena das Dunas em Natal (RN) em 14 e 15 últimos.
Se a primeira noite teve o tom de Gaby Amarantos, Liniker e Matuê, a segunda teve como grandes nomes Baco Exu do Blues, Margareth Menezes, BaianaSystem, Luedji Luna, Karol Conká e Urias como shows fortes.
“Foram 32 mil pessoas sem nenhuma ocorrência, gerando 1032 empregos diretos e indiretos e uma preocupação de fazer um evento acessível e confortável ao público, com inclusão e respeito à diversidade, oferecendo a experiência única de vivenciar a música em toda sua riqueza. Um festival para que se tenha orgulho de estar aqui no RN”, declarou o produtor Jomardo Jomas.
Na abertura do festival, 15 mil pessoas prestigiaram a programação. Já no encerramento, outras 17 mil estiveram na Arena das Dunas.
Luedji Luna ofereceu emoção e balanço em canções do disco Bom Mesmo É Estar É Estar Debaixo D’água. Em um dos shows mais elegantes da noite, a artista descortinou para o público um lado ainda mais intimista, cantando e contando histórias de amor e força feminina, inclusive a sua própria.
Margareth Menezes transformou a Arena das Dunas em um carnaval afropop, repleto de clássicos do samba reggae, como “Faraó” e “Alegria da Cidade”. A artista comemorou seus 61 anos no festival e teve direito a parabéns do público e um bolo oferecido pela produção.
BaianaSystem já faz parte do calendário anual do MADA. São quatro anos consecutivos, e contando. Desta vez, o grupo trouxe elementos do Sambaqui Show, turnê que tem como ponto de partida a celebração dos 200 anos da Independência da Bahia, e aprofundou o diálogo com sonoridades latinoamericanas, na presença da cantora chilena Claudia Manzo.
Uma das atrações mais aguardadas da noite, Baco Exu do Blues entregou o que seu público queria: Uma chuva de “love songs” e puro magnetismo do palco. O rapper fez o público cantar junto sucessos como “Flamingos” e “Queima minha pele”, e as mais recentes “20 Ligações” e “Samba in Paris.”
O público se manteve no gramado para ver o encerramento com a rapper Karol Conká, que celebrou os dez anos de seu álbum Batuk Freak, relembrando suas primeiras passagens pelo MADA, em 2012 e 2017, pontuado por músicas dos álbuns Urucum e Ambulante (2019). O show pirotécnico marcou o final da festa no gramado. Hora de subir as escadarias para dançar nos arcos da Arena.
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