Começa nesta quinta-feira (18/3) a terceira edição da Mostra Negritude Infinita, cujo foco é a exibição de 34 filmes de todo o país, entre curtas e longas, gratuitamente. Os filmes ficarão disponíveis no site oficial do evento, dispostos em oito sessões, até 28 de março. Além das produções, debates a cada sessão e uma oficina de crítica compõem a programação.
Neste ano, como a maioria dos eventos, a Mostra teve que se adaptar ao cenário atual de cinemas fechados e isolamento social. Se, por um lado, a experiência de ver os filmes em telas grandes e salas fechadas não acontecerá, por outro, as restrições territoriais de uma mostra física deixam de existir, potencializando o acesso às produções.
Com curadoria de Darwin Marinho, Leon Reis, Lílian do Rosário e Luly Pinheiro, a terceira edição da Mostra apresenta ao público uma seleção de filmes nacionais feitos antes e durante a pandemia por realizadores, produtores e/ou atores negros/as. Destaca-se também a acessibilidade presente no evento: parte das produções terão Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE).
“Filmes-cartas, filmes-memória, filmes em casa. Para além da forma fílmica, o isolamento social reverberou nas criações do último ano sob diversas instâncias. Equipes reduzidas, filmes feitos com celular, filmes sobre amor à distância. Os cinemas, assim como a nossa Mostra, resistiram, encurtaram e abriram caminhos. Novos Caminhos”, afirma a curadoria.
OFICINA
Ministrada por Bruno Galindo e Lorenna Rocha, a oficina AMPLI_AR ocorrerá em quatro encontros e terá como objetivo fazer uma breve introdução à crítica [negra] brasileira a partir da implicação entre o campo da crítica e do cinema negro no Brasil. O programa faz parte do Eixo Formativo da Negritude Infinita.
O GRUPO
A Negritude Infinita é um grupo que busca promover um espaço de reflexão sobre os rumos do cinema negro no Brasil, apresentando espaços de discussão e debate sobre a produção audiovisual em perspectivas negras.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Sessão 1 – Linha umbilical
1. Papiamento – Felipe Oladele – 13m – MG
2. Cavalo – Raphael Barbosa e Werner Salles – 85m – AL – (LSE)
Sessão 2 – Habitar o Escuro
1. COSMOVERSE ARKSTRA – TRANSÄLIEN – 9m – SP
2. A Noite Se Tornará Ainda Mais Escura – Bianca Ellen, Lux Farr, Isa Vitório, Fran Xyk e Arara – 12m – CE
3. Sobre Olga – Tayná Almeida – 20m – PR
4. A Barca – Nilton Resende – 19m – ALEGUM – yuri costa – 23m – RJ
Sessão 3 – Como peixes errantes
1. Entremarés – Anna Andrade – 20m – PE – (LSE)
2. PATTAKI – Everlane Moraes – 21m – CUBA
3. Pindorama, terra das palmeiras – Zahra Alencar – 6m – SP
4. Suellen e a Diáspora Periférica – Renata Dorea – 4m – MG
5. Puerpério – Luciana Oliveira – 9m – SE
Sessão 4 – Pássaro que voa para frente e olha para trás
1. Acervo ZUMVI – O Levante da Memória – Iris de Oliveira – 36m – BA
2. Macumba as guardiãs do segredo – Viviane Maísa – 43m – SP – (LSE)
3. Rastros da z’encruzilhadas – Pedra Silva – 6m – CE
4. Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé – Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra -14m – RJ
5. Rio-coral – Kulumim-Açu – 5m – CE
Sessão 5 – Línguas Enroladas – Linguagens em Parto
1. Yá Me Conte Histórias – Carine Fiúza – 8m – PB
2. Chico Rei Entre Nós – Joyce Prado – 95 min – SP – (LSE)
Sessão 6 – Presente é ficção
1. Ancestralidade de Terra e Planta – Keila Serruya Sankofa – 5m – AM
2. Desguardar – Ed Borges – 3m – CE
3. Ecstatic – Vitor Rennan – 8m – CE – (LSE)
4. Você Já Tentou Olhar nos Meus Olhos – Tiago Felipe – 4m – PR
5. I am vírus – Paula Trojany – 8m – CE
Sessão 7 – Reinvenções de si, cuidado e afeto com o outro
1. Álbum de casamento – Otávio Conceição – 7m – BA
2. Notícias De São Paulo – Priscila Nascimento – 11m – PE
3. Rosário – Igor Travassos e Juliana Soares – 18m – PE
4. Os Dias Com Você – Letícia Cristina e Luan Santos – 4m – SP
5. À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente – Bruna Barros e Bruna Castro – 13m – BA
Sessão 8 – Trabalho de Amar
1. Rebento – Vinicius Eliziario – 18m – BA – (LSE)
2. Meninos Rimam – Lucas Nunes – 20m – SP
3. Bonde – Asaph Luccas – 18m – SP
4. Cool for the summer- Vitória Liz – 6m – SP/PE
5. Di cumer, rezar e trabalhar – Fabinho Santinho – 11 min – SP
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O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.