Doze mil famílias pobres de Fortaleza serão beneficiadas por um projeto lançado nesta quarta-feira (28/10) pela Central Única das Favelas, a Cufa. Com o Alô Social Celular, a entidade vai distribuir chips para acesso gratuito à Internet e, assim, facilitar a educação de crianças e jovens.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, as aulas das redes públicas de ensino estão há meses na modalidade remota e sem perspectiva de retorno ao presencial. Muitas famílias, no entanto, não têm Internet em casa, o que deixa muitos alunos sem condições de acompanhar as aulas on-line.
A Cufa estima que os 12 mil chips devem beneficiar cerca de 50 mil pessoas em diversas comunidades de Fortaleza. Em todo o Brasil, o projeto deve impactar dois milhões de brasileiros que moram em favelas com os 500 mil chips entregues. As comunidades também ganharão pontos de wifi gratuitos.
Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde explica que além de poderem acompanhar as aulas os jovens poderão ajudar no empreendedorismo de casa, já que com o acesso à Internet será possível a essas famílias a abertura de algum negócio on-line para ganho de renda extra.
Conforme Athayde, esse projeto não implica na paralisação do trabalho de distribuição de cestas básicas e apoio em outras frentes às favelas brasileiras que a Cufa tem desenvolvido desde o começo da pandemia. Essa é “só” mais uma linha de atuação para tirar da exclusão milhões de pessoas hoje ainda mais vulneráveis do que já são.

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