Ceará CrioloCeará Criolo
  • Inicial
  • O Ceará Criolo
    • Sobre Nós
    • Prêmios
    • Mídia Kit
    • Guia de Fontes
  • Notícias
    • Mulher negra
    • Infantil
    • Política
    • Economia
    • Saúde
    • Esporte
    • Cultura
    • Famosos
    • Educação
    • Ceará
    • Brasil
    • Mundo
    • LGBTQIA+
    • Espiritualidade
    • Publieditorial
  • Afrossaberes
    • DicionÁfrica
    • Ancestralidade
    • Fotorreportagens
  • Opinião
    • Artigo
    • Crônicas
    • Leitura Crítica
  • Colunas
    • Afroclassificados
    • AfroGeek
    • Rastros
    • Afrotransfuturista
    • Olhar Preto
    • Psicoterapreto
    • Negra Voz
  • Stories
  • Especiais
    • A você Tereza
    • Vidas Negras Importam
    • Quilombo Acadêmico
    • 85
    • Entrevistas
  • Contato
Facebook Twitter Instagram
Facebook Twitter Instagram
Domingo, Outubro 26
Ceará CrioloCeará Criolo
FINANCIE O CEARÁ CRIOLO
  • Inicial
  • O Ceará Criolo
    • Sobre Nós
    • Prêmios
    • Mídia Kit
    • Guia de Fontes
  • Notícias
    • Mulher negra
    • Infantil
    • Política
    • Economia
    • Saúde
    • Esporte
    • Cultura
    • Famosos
    • Educação
    • Ceará
    • Brasil
    • Mundo
    • LGBTQIA+
    • Espiritualidade
    • Publieditorial
  • Afrossaberes
    • DicionÁfrica
    • Ancestralidade
    • Fotorreportagens
  • Opinião
    • Artigo
    • Crônicas
    • Leitura Crítica
  • Colunas
    • Afroclassificados
    • AfroGeek
    • Rastros
    • Afrotransfuturista
    • Olhar Preto
    • Psicoterapreto
    • Negra Voz
  • Stories
  • Especiais
    • A você Tereza
    • Vidas Negras Importam
    • Quilombo Acadêmico
    • 85
    • Entrevistas
  • Contato
Ceará CrioloCeará Criolo
Home»Opinião»Artigo»O futuro preto em mãos brancas
28c227d0 9c9f 48c5 8f04 f5623b7754f4
Artigo

O futuro preto em mãos brancas

Bruno de CastroBy Bruno de Castro25 de Fevereiro, 2019Updated:24 de Abril, 2020Sem comentários4 Mins Read
Share
Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

Olhe para essa foto. Os homens mais importantes do Brasil estão nela. Agora me diga quantos negros você enxerga. Isso mesmo. São homens brancos e ricos decidindo como e com quanto a maioria pobre e preta deve viver (e, neste caso específico, morrer).

É muito sintomático a cúpula políticoeconômica de um país de dimensões continentais como o nosso ser toda, integralmente, não-negra. Mais sintomático ainda é o Brasil com mais de 200 milhões de pessoas, 65% dessa população se autodeclara negra e nenhum representante dessa etnia participa do debate mais importante da década.

Nós, o povo que mais será impactado pela reforma da previdência, não fomos ouvidos no processo de elaboração da mensagem enviada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. Uma matéria que aumenta o tempo de contribuição, reduz benefícios e impacta diretamente na qualidade de vida de todo ser humano comum.

A gente, povo preto, já é a mão-de-obra mais precarizada. Já é o perfil de cidadão que mais trabalha para sobreviver. Já é a parcela social que menos tem acesso a algum tipo de serviço público. E agora está próximo de se tornar a maior parte dos que vão, num futuro próximo, literalmente, morrer de trabalhar.

E nenhum de nós foi consultado sobre isso.

Para além da falta de representatividade, o pior de tudo é saber que esse modelo de reforma é caduco e representou prejuízos sociais incalculáveis e avassaladores para as camadas mais pobres de outros países. Da América Latina, inclusive. No Chile, os casos de suicídio entre idosos aposentados aumentou em progressão geométrica depois das mudanças implementadas por lá.

Os velhos se matam por não terem como se sustentar. Se matam porque acreditam que morrer é melhor do que continuar numa vida sofrível, sem muitas vezes ter o que comer. E olhe que estamos falando de um país onde a maioria não é negra e a qualidade de vida é invejável.

Por aqui, boa parte dos velhos em situação de miséria vai passar a receber a fortuna (contém ironia) de R$ 400, caso a reforma de Bolsonaro seja aprovada. E quem são os miseráveis brasileiros? Sim, os pretos. Coincidência ou não (contém ironia), os pretos. Que estão nas favelas e outras comunidades pobres.

Quatrocentos reais. O que você, leitor do Ceará Criolo, consegue fazer com quatrocentos reais num país onde o gás de cozinha custa R$ 85? E onde a cesta básica – mesmo com uma queda de 1,54% – passa dos R$ 367? E onde muitas vezes uma caixa de remédio não fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou rotineiramente em falta nos postos vale R$ 130?

Ou o idoso, já miserável, come ou morre de um pico de pressão. Ou paga o aluguel ou morre de um infarto. Ou compra a cesta básica ou morre vítima de um acidente vascular cerebral hemorrágico. Ou troca o botijão ou morre insuficiência renal. Pagar por tudo e continuar vivo não dá. Não com a reforma da previdência do Bolsonaro. A conta não fecha.

Não que a atual situação, com esses mesmos idosos recebendo menos de um salário mínimo, seja maravilhosa. Estamos longe disso. Mas o que não dá é pra aceitar uma proposta que abocanha boa parte de uma renda já insuficiente. Os velhos miseráveis precisam de mais, não de menos. Por isso que são miseráveis.

Me incomoda não ter visto em momento algum dessa polêmica da previdência alguém denunciar a ausência de negros nesse debate. E olhe que essa foto ganhou proporções estratosféricas! A gente já banalizou tanto a invisibilização do povo negro que algo do tipo passa completamente batido. Mesmo sendo o nosso futuro na mão desses…senhores.

A participação de pretos não pode se restringir ao Congresso. Até porque a quantidade de parlamentares negros é pífia. Aumentou consideravelmente na última década e meia, é bem verdade. Mas nós ainda estamos longe de uma equiparação. Estamos a séculos de distância.

Enquanto isso, vamos continuar deixando o nosso futuro nas mãos justamente de quem o precariza? Sim, porque você tem alguma dúvida de que os bons homens da foto são justamente os empresários, fazendeiros, grandes latifundiários, grandes comerciantes e tudo o mais de exploradores que existe no Brasil?

Não seja ingênuo.

bb
Bruno de Castro

Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.

Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email

Related Posts

A pele verde de Elphaba: o que a “bruxa má” ensina sobre racismo e liberdade?

26 de Agosto, 2025

Pessoas trans na universidade: histórias possíveis

2 de Agosto, 2025

Crochê e os jovens: uma história entre muitas outras

8 de Julho, 2025

O dia em que fui chamado de doutor

2 de Fevereiro, 2025

Dona Maria, Luzia e a invisibilidade do trabalho de cuidado das mulheres

20 de Novembro, 2023

Como a representatividade me salvou no ambiente acadêmico

5 de Novembro, 2023
Add A Comment

Leave A Reply Cancel Reply

Sobre nós
Na contramão do discurso excludente e enervado de clichês da mídia tradicional, o portal Ceará Criolo garante à população negra um espaço qualificado de afirmação, de visibilidade, de debate honesto e inclusivo e de identificação. Um lugar de comunicação socialmente inclusiva, afetivamente sustentável e moralmente viável. Porque negros são seres humanos possíveis e ancestrais. E por isso, queremos nos reconhecer no passado, no presente e no futuro!
Artigos recentes
  • Quase metade dos brasileiros indicados ao Grammy Latino 2025 é negra; Liniker lidera
  • Necroalgoritmização: Livro discute como tecnologias digitais desumanizam minorias
  • A pele verde de Elphaba: o que a “bruxa má” ensina sobre racismo e liberdade?
  • Urca marca para 24/9 entrega do título de doutoras honoris causa a Verônica e Valéria Carvalho
  • Primeira escola quilombola de tempo integral do Ceará é inaugurada em Horizonte; 266 alunos estão maticulados
QUER SUGERIR PAUTA?

Envie sua sugestão de pauta para nossa redação através do falecom@cearacriolo.com.br ou deixe-nos uma mensagem no formulário abaixo.

Ceará Criolo
Facebook Twitter Instagram
  • Inicial
  • O Ceará Criolo
    • Sobre Nós
    • Prêmios
    • Mídia Kit
    • Guia de Fontes
  • Notícias
    • Mulher negra
    • Infantil
    • Política
    • Economia
    • Saúde
    • Esporte
    • Cultura
    • Famosos
    • Educação
    • Ceará
    • Brasil
    • Mundo
    • LGBTQIA+
    • Espiritualidade
    • Publieditorial
  • Afrossaberes
    • DicionÁfrica
    • Ancestralidade
    • Fotorreportagens
  • Opinião
    • Artigo
    • Crônicas
    • Leitura Crítica
  • Colunas
    • Afroclassificados
    • AfroGeek
    • Rastros
    • Afrotransfuturista
    • Olhar Preto
    • Psicoterapreto
    • Negra Voz
  • Stories
  • Especiais
    • A você Tereza
    • Vidas Negras Importam
    • Quilombo Acadêmico
    • 85
    • Entrevistas
  • Contato
© 2025 ThemeSphere. Designed by ThemeSphere.

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.

Gerenciar Consentimento de Cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou aceder a informações do dispositivo. Consentir com essas tecnologias nos permitirá processar dados, como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar adversamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para o fim legítimo de permitir a utilização de um determinado serviço expressamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou para o fim exclusivo de efetuar a transmissão de uma comunicação numa rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenamento de preferências não solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anónimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu Provedor de Serviços de Internet ou registos adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerir opções Gerir serviços Gerir {vendor_count} fornecedores Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}