Autor: Jéssica Carneiro

Publicitária cearense. Canceriana. Doutora e mestre em Psicologia. Amante da docência. Integrante do Grupo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Psicologia Social Crítica (Paralaxe-UFC). Defendeu em sua tese de doutorado um estudo sobre mulheres em transição capilar. Atualmente, dedicada aos estudos de gênero, raça, feminismos negros e decolonialidade. Louca por fotografia, design, viajar e colecionar carimbos no passaporte. Uma pessoa extremamente curiosa.

Cunhado há 30 anos pela afroamericana Kimberlé Crenshaw, professora de direito da Columbia e da UCLA, o termo tem conquistado espaço cada maior na literatura acadêmica, ganhando também privilegiado espaço no debate militante. Entenda o que significa “interseccionalidade” hoje, depois de 3 décadas de sua criação.

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Desde que o novo coronavírus (Covid-19) foi declarado pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os noticiários mundo a fora destinaram todos os holofotes ao desenvolvimento da doença e os devastadores rastros dela. Como se não fosse suficiente todo o caos trazido por este desastre sanitário, a população africana parece ter mais uma ameaça contra a qual se proteger: o explícito racismo que a põe em risco. Explicando: vários pretos e várias pretas espalhados(as) pelo mundo, como as estrelas do futebol Samuel Eto´ e Didier Drogba, precisaram se manifestar publicamente contra as declarações de médicos franceses que, na semana passada,…

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Falar de sofrimento psíquico nos chega como um tema demasiado forte, especialmente quando nos últimos anos o diagnóstico de depressão e de outros transtornos tem expressado altos números entre os jovens brasileiros. Todavia, existem recortes e especificidades que precisam ser colocadas no papel no que diz respeito ao grupo populacional majoritariamente atingido por este fenômeno de adoecimento. Não é à toa que 60% dos jovens brasileiros que interrompem a própria vida são negros. Tampouco é a toa o fato de este índice ser 45% maior na população negra do que nos autodeclarados brancos. O que pretendemos pontuar aqui é que,…

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A vida do brasileiro médio tem se resumido a isto nos últimos anos: acordar, tomar café e ler uma notícia ruim. Hoje, como mais uma vez, eu acordei colérica com meu país. Muito enraivecida. Ainda faltam 3 meses para 2019 acabar, mas a sensação é de que o apocalipse supremacista já acabou com o planeta e estamos presos em uma distopia junto com a família Bolsonaro. Ao abrir os noticiários e ler o desenrolar do caso Ágatha Félix, que há dias vem sendo repercutido na imprensa e nas redes sociais (MUITO JUSTAMENTE, diga-se de passagem), eu me deparo com um…

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