A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pode instituir ainda este ano o Prêmio Luiz Gama, para homenagear personalidades e instituições antirracistas. A proposta foi apresentada pelo cearense e conselheiro federal da OAB, André Costa, que também defende a instituição de cotas raciais para cargos de diretoria da instituição.
A ideia é que a honraria seja concedida a cada três anos a um homem e uma mulher (advogado e advogada, preferencialmente) e a uma entidade que se destaquem na promoção da igualdade, da justiça social, da dignidade da pessoa humana e no combate ao racismo e às desigualdades raciais, sociais e regionais.
Conforme a proposta de André, os agraciados serão escolhidos pela Diretoria do Conselho Federal e o prêmio será constituído de diploma e insígnia. A expectativa do conselheiro é de que o primeiro trio de homenageados receba o prêmio em abril de 2021, durante a próxima Conferência Nacional da Advocacia Brasileira.
QUEM FOI LUIZ GAMA
Luiz Gonzaga de Pinto Gama, conhecido como Luiz Gama, nasceu em Salvador, na Bahia, em 21 de junho de 1830. Ainda criança, foi vendido como escravo pelo próprio pai. Após conquistar a liberdade, tornou-se escritor, poeta, jornalista, advogado e ativista abolicionista. É considerado o patrono da abolição da escravidão no Brasil e colaborou diretamente com a libertação de pelo menos 500 pessoas negras. Morreu em 1882.
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