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Home»Opinião»Leitura Crítica»Uma lógica que precisa mudar!
mãe de ayanna
Leitura Crítica

Uma lógica que precisa mudar!

Bruno de CastroBy Bruno de Castro22 de Outubro, 2018Updated:14 de Novembro, 2018Sem comentários4 Mins Read
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mãe de ayannaEsta semana, uma criança de apenas dez anos sofreu ataques racistas de um colega de sala em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, dentro da escola. Para além da questão sócio-étnico-racial, que por si só já é um completo absurdo, o caso ganhou repercussão pelo contexto político no qual se deu. O argumento utilizado no ataque a Ayanna foi: “Bolsonaro já ganhou e garantiu que vai resolver essa mistura. Se seus pais vierem falar merda, a gente mete bala.”

A reprodução do diálogo foi feita pela própria garota aos pais, que de pronto acionaram professores e a coordenação do colégio. A solução: “forçar” o garoto a um pedido de desculpas e a abraçar a menina, de quem ele disse sentir nojo pelo simples fato de ela ser negra.

Surreal, para dizer o mínimo.

Da mesma série de Ayana, o garoto não tem ideia do discurso de ódio que profere. Certamente apenas reproduz o que ouve em casa, o que vê nas redes sociais, o que escuta no rádio e o que assiste na televisão. E pra essa era de fake news, o melhor instrumento é (ironicamente) a informação.

Em meio a um momento eleitoral de ânimos tão acirrados e com o candidato que lidera as pesquisas à Presidência da República autodeclaradamente racista, a reportagem perdeu uma excelente oportunidade de colocar em pauta a necessidade de os estabelecimentos de ensino cumprirem a Lei Federal nº 10.639. Ela estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira.

Essa é uma lei de 2003. Ou seja: tem 15 anos e até hoje é praticamente ignorada pelas escolas, sejam elas públicas ou privadas, que insistem em ignorar a existência da população negra no Brasil para além do caráter escravagista. Se a implementação tivesse ocorrido de forma imediata, nós hoje já estaríamos colhendo algum fruto de um currículo escolar menos eurocêntrico, menos patriarcal e menos racista.

É especialmente nestes casos de grande visibilidade que nós, repórteres, precisamos nos valor do nosso título de COMUNICADORES SOCIAIS. A gente precisa dar visibilidade a causas esquecidas. Como uma matéria sobre caso de racismo dentro do ambiente escolar não trata, em nenhum momento, da desobediência a uma lei federal criada para agir na causa deste tipo de situação?

Não discuto aqui o fato de as matérias de diversos portais terem sequer informado ao leitor que racismo (ou injúria racial, caso alguém ache que o caso se adequa melhor nessa tipologia) é crime. E não faço isso porque, afinal, estamos falando de crianças em plena formação de caráter e personalidade.

O que precisa ser colocado em análise aqui é uma lei estudantil ser ignorada por um estabelecimento de ensino que ganha dinheiro às custas da péssima educação pública e a reportagem não se indignar diante disso. O que a escola teria a dizer? A mãe da garota atacada diz que gosta da metodologia do colégio, mas ele cumpre a lei ou o fato de Ayanna ser a única negra da sala faz a diretoria considerar desnecessário discutir a dignidade de uma parcela tão significativa da população?

É exatamente pelo fato de a lei ser ignorada pelas escolas e isso não ser fiscalizado pelo Estado que muitos pais não sabem da existência dela. Logo, não reivindicam o direito à própria história e até à integridade moral e física dos filhos, que ali sofrem todo tipo de bullying.

Tão fundamental quanto os colégios enxergarem os negros como pertencentes à história brasileira é a imprensa posicionar-se no sentido de cobrar tanto o cumprimento de uma lei quanto o respeito aos milhões de cidadãos do nosso país que se autodeclaram negros e só se enxergam nas páginas de jornais quando estão envolvidos em casos de violência.

Essa lógica tem que mudar.

[na foto, a mãe de Ayanna]

bb
Bruno de Castro

Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.

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