O Banco Afro registrou um salto de quase 3.000% no número de contas cadastradas nos últimos quatro meses de 2020. Com isso, saltou de 1.000 para 30 mil contas.
A fintech de impacto social voltada para o público negro recebeu esse impulso após declaração racista da cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.
Em outubro de 2020, ela afirmou que tem dificuldades para contratar negros e negras para posições de liderança e que o banco “não pode nivelar por baixo”. A comunidade negra iniciou, então, um boicote ao Nubank, o que levou muitos clientes a se cadastrarem no Banco Afro.
O banco surgiu em 2018 e faz parte do Grupo Afro Empreendedor, um coletivo de empresas com o objetivo de ampliar a bancarização das classes C, D e E e fortalecer o chamado “black money”. Dentre os serviços da fintech estão: conta digital, crédito, microcrédito, recargas de celular e pagamentos de boletos.
SOLIDARIEDADE PRETA
Em 2020, o banco, em parceria com a empresa Suvinil, criou o programa “Pintar o Bem”, para dar suporte financeiro e de informações a pintores de todo o Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Com auxílio de R$ 600 em três parcelas de R$ 200, o projeto ajudou a pelo menos 3.500 profissionais em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Jornalista formado pela Faculdade Cearense (FAC). Foi produtor na TV O POVO e na TV Jangadeiro (SBT), ambas emissoras em Fortaleza. Também já atuou em campanha política. É hoje estudante de Letras/Espanhol na Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem 30 anos e atua como assessor de imprensa.