Autor: Bruno de Castro

Comunicólogo e mestre em Antropologia, é especialista em Jornalismo Político e Escrita Literária e tem MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Foi repórter e editor dos jornais O Estado e O POVO, correspondente do portal Terra e colaborador do El País Brasil. Atua hoje como assessor de comunicação. Venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação, o Prêmio MPCE de Jornalismo e o Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, todos com reportagens sobre a população negra. No Ceará Criolo, é repórter e editor-geral de conteúdo. Escritor, foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.

Recém-criado para defender a representatividade da população negra, o coletivo Ceará Criolo começa a ocupar espaços fora do ambiente virtual. No último dia 31, o grupo participou de uma roda de conversa com alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará (UFC). As publicitárias Jéssica Carneiro e Tatiana Lima e o jornalista Bruno de Castro apresentaram o portal Ceará Criolo aos cursistas da disciplina de Ética e falaram da importância de um espaço com essa proposta surgir num momento tão delicado da democracia brasileira. O encontro aconteceu no Instituto de Cultura e Arte (ICA), no Campus…

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ABADÁ – Túnica folgada e comprida. Atualmente, no Brasil, é o nome dado a uma camisa ou camiseta usada pelos integrantes de blocos e trios elétricos carnavalescos. ABARÁ – Quitute semelhante ao acarajé. A massa feita de feijão fradinho e os temperos são os mesmos. Os bolinhos envoltos em folhas de bananeira são cozidos em banho-maria. ACARÁ – Peixe de esqueleto ósseo. ACARAJÉ – Bolinho feito de massa de feijão-fradinho frito no azeite de dendê e servido com camarões secos. AFOXÉ – Dança, semelhante a um cortejo real, que desfila durante o carnaval e em cerimônias religiosas. AGOGÔ – Instrumento musical formado por duas (ou três)…

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Se mesmo que rapidamente você passeou por alguma rede social nos últimos dias, então sabe qual movimento inspira neste texto. Foi Bolsonaro vencer para as timelines serem inundadas pelos dizeres “ninguém solta a mão de ninguém”. Uma campanha de solidariedade feita por eleitores do candidato derrotado. É uma forma de dizer que todos estão unidos contra os absurdos proferidos pelo presidente eleito durante os 45 dias de campanha. Mas lamento informar: a verdade é que a gente já largou a mão um do outro há muito tempo. Todo dia, o dia todo, de diversas formas. Faz isso quando uma menina…

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“O atual perfil de quem mais morre no Estado se mantém o mesmo no passar dos anos. São homens negros, de 15 a 29 anos de idade, com baixa escolaridade e renda.” É com a transcrição desse trecho de uma reportagem do jornal Diário do Nordeste dessa quinta-feira (1º/11) que faço questão de começar este artigo sobre uma questão social tão grave. Os assassinatos têm sido um desafio para todas as esferas públicas brasileiras. Nos últimos dez anos, o Ceará contabilizou 33 mil homicídios. Fortaleza é hoje a capital onde mais jovens são mortos. O problema é crônico em bairros…

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Menos de 24 horas depois de o eleitorado brasileiro escolher um candidato racista, homofóbico, misógino e sem qualquer conhecimento econômico como 42º presidente da República, os casos de preconceito se multiplicam a perder de vista. Dentro e fora das redes sociais. É postagem sobre “abertura oficial de caça aos negros, gays e comunistas”. É foto de um menino FANTASIADO DE ESCRAVO cuja legenda diz “vamos abrasileirar o negócio”. É gente cobrando que determinada cantora drag queen cumpra a promessa e deixe o país. Basta ter estômago e dar um breve passeio no Facebook e Instagram. Por tratar-se de uma figura…

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Sim, eu me dei ao trabalho de olhar as diretrizes de governo que cada um dos 13 candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Você sabe quantas vezes o termo “negro(a)” aparece nos documentos? Sim, eu fiz a conta. Guilherme Boulos: 148 vezes. Fernando Haddad: 29 vezes. Ciro Gomes: 16 vezes. João Goulart: 16 vezes. Vera: 6 vezes. Marina Silva: 5 vezes. Henrique Meireles: 4 vezes. Geraldo Alckmin: 1 vez. João Amoêdo: nenhuma vez. Eymael: nenhuma vez. Daciolo: nenhuma vez. Álvaro Dias: nenhuma vez. Jair Bolsonaro: nenhuma vez. Sim, o…

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