“Esses espaços são importantes, sobretudo no Ensino Superior, que, de certa forma, e com as suas peculiaridades, reflete as situações que ocorrem na sociedade como um todo. E entre esses desafios estão a desconstrução de estigmas e de estereótipos relacionados às questões de gênero e de raça. Além do combate a toda e qualquer forma de discriminação”, assim analisa Arilson dos Santos Gomes, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e coordenador do Núcleo de Promoção da Igualdade Racial Kabengele Munanga (NPIR/Propae), atualmente denominado de Setor de Promoção da Igualdade Racial da Unilab. As atividades do Setor…
Autor: Bruno de Castro
O Núcleo das Africanidades Cearenses (Nace) é um projeto de extensão vinculado à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) e parte da rede de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros. Tem como objetivo a investigação, discussão, produção e divulgação de trabalhos sobre a história, a cultura e a participação da população negra, tendo como eixo a cosmovisão africana de seus descendentes na diáspora. A prioridade do Nace é sensibilizar e ampliar o alcance da Lei nº 10.639/03 junto aos educadores de cada nível e modalidade de ensino envolvido nos processos de formação, bem como promover mudanças qualitativas de posturas…
“A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. Ocorrida entre 31 de agosto e 7 de setembro de 2001, uma reunião na África do Sul teve reflexos por aqui. A “III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas” teve impacto na expansão da discussão e das ações dentro da temática racial brasileira. “Com destaque para a Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003, que criou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir),…
“A educação é muito mais que uma aula nas escolas ou um assunto para um dia. É um processo para dotar as pessoas de todos os instrumentos que elas necessitam para viver com segurança e dignidade.” Kofi Annan, diplomata de Gana, ex-secretário-geral da ONU e Nobel da Paz. “O aumento do número de estudantes negros nas universidades culminou na emergência de novas agendas de pesquisa. Nelas destacam-se: a importância de valorizar as trajetórias individuais e coletivas, as subjetividades, as narrativas na primeira pessoa”, explica a ativista, historiadora e professora Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Giovana Xavier, no artigo…
Conheça o espaço criado por uma pesquisadora inquieta com a invisibilidade do povo preto. Ela divulga todo dia a produção de conhecimento de minorias historicamente marginalizadas e ajuda a transformar a universidade também num quilombo virtual. E intelectual. “Como negra, não quero mais ser objeto de estudo, e sim o sujeito da pesquisa.” Djamila Ribeiro, filósofa, feminista e acadêmica brasileira. Assim como são quilombos nos territórios acadêmicos, os negros universitários brasileiros são resistência nos ambientes virtuais. No ar desde novembro de 2018, a página Quilombo Intelectual foi criada para dar visibilidade à produção do conhecimento sobre as temáticas negra, LGBTQI+,…
Quando falei que era africano, lembro que isso causou um espanto. E esse espanto também me causou espanto. Porque parecia que a África era uma coisa muito distante. No decorrer dos anos, eu percebi que algumas coisas tinham relação direta com o fato de eu ser negro, principalmente com o fato de ser estrangeiro. Ouvir que a gente vinha pra cá pra tomar vaga era algo recorrente. O fato de eu ser estrangeiro, e estrangeiro da África, fazia com que as pessoas fizessem perguntas me colocando como uma figura que tinha somente a aprender e nada a acrescentar. A branquitude…